01 de Junho - Calendário Mágico

Dia de Carna

Carna (ninfa da sobrevivência física, das portas e fechaduras.) era uma ninfa na mitologia romana que recebeu um espinheiro florido de Juno.
Colocar um espinheiro florido na porta de casa hoje é um ritual garantido para afastar o mal por longo tempo.





Hoje também é o dia onde se comemora o Festival da Ninfa do Carvalho.
Esta celebração pagã honra todas as hamadríades (espíritos femininos da natureza que se acredita habitarem os carvalhos). Enfeite o altar pagão com frutos da Azinheira e use folhas de carvalho nos cabelos. Beije um carvalho ou coloque uma pequena oferenda qualquer diante dele e as 3 ninfas que moram nele abençoarão você!!

Jeito divertido de protestar...Melô do Pocotó

mês de Junho - Calendário Mágico


Mês de JUNHO

Mês da união entre os opostos, de equilíbrio e amor.
Este mês é dedicado à Deusa Juno, a Grande Mãe da mitologia romana (representada por Hera na mitologia grega) e a todos os deuses e deusas que regem o Amor, a Paixão e a Beleza.
As pedras-amuleto tradicionais desse mês são a alexandrita, pedra-da-Lua e pérola.
A flor tradicional é a Rosa.

Uma curiosidade sobre este mês é que a ele é consagrada a borboleta, símbolo de transformação. Acredita-se que se alguém conseguir ver ao menos uma borboleta por dia durante este mês, será contemplado com muita boa sorte.

Originalmente, o nome deste mês era Junonius, em homenagem a Juno, a deusa romana padroeira dos casamentos e das mulheres.
Juno era invocada nos casamentos para garantir a felicidade duradoura por seu aspecto de padroeira e protetora das funções e atributos femininos.
Por isso antigamente as mulheres procuravam casar neste mês, tradição mudada pela Igreja Católica para o mês de Maio, apesar da antiga crença de que casar neste mês traria azar.
Como governante e da estação mais clara e quente do ano, Juno era a contraparte luminosa de Janus, o regente do mês de janeiro.
No hemisfério norte, durante este mês, percebia-se um acréscimo de energia de energia psíquica, favorecendo a aproximação e o intercâmbio com o seres elementais e os espíritos da natureza, que poderiam se tornar acessíveis e visíveis desde que devidamente agradados e invocados.
Os antigos nomes deste mês eram Meitheamh para os irlandeses, Aerra Litha para os anglo-saxões, e Brachmonath para os nórdicos.
No calendário sagrado druidico, a letra Ogham correspondente é Tinne e a planta sagrada é o azevinho.
Os nativos norte-americanos chamavam este mês de Lua dos Amantes, Lua de Mel, Lua dos Morangos, Lua da Rosa, Lua dos Prados, Lua do Sol Forte, Lua dos Cavalos, Lua da Engorda, e Mês do Intervalo, entre outros.
Neste mês, os povos europeus celebravam o solstício de verão com vários rituais, encantamentos, práticas oraculares, festas, fogueiras, danças e feiras. Nos países eslavos, o nome dos festivais variava (Kupalo, Jarilo, Kostroma, Sabotka, Kreonice ou Vajano), mas sua tônica era a mesma.
No Egito durante a Lua Cheia, homenageava-se a deusa Hathor com o festival de Edfu.
A procissão com a estátua da deusa, retirada de seu templo de Dendera durante a lua nova, culminava com sua chegada no templo de Hórus, em Edfu, para o casamento sagrado destas divindades.
Durante as faustosas celebrações, muitos casais aproveitavam os influxos auspiciosos do evento para imitar o exemplo dos deuses e se casar.
A deusa lunar Hathor regia o amor, a beleza, a união e a fertilidade e, casar-se durante sua celebração na Lua Cheia, garantia sua bençãos para o casal.
Também no Egito, celebravam-se as deusas Ísis e Neith, com o Festival das Lanternas, enquanto que na Índia, um festival exclusivo de mulheres homenageava a deusa Parvati.
Na Grécia antiga, durante a Lua Nova, celebrava-se Ártemis - a deusa lunar padroeira das florestas e dos animais -, as Horas - deusas menores das estações - , e as Dríades - as ninfas das árvores.
Em Roma comemoravam-se as deusas Carna - da saúde -, Cardea - a protetora das casas - e Hera e Vênus - as padroeiras das mulheres e do amor.
Os povos nativos norte-americanos festejam, neste mês, o retorno das Kachinas, os espíritos ancestrais da natureza para a sua morada subterrânea, após terem proporcionado o crescimento da vegetação.
Os incas celebravam Inti Raymi, a Grande Festa do Sol e a gratidão pela colheita do milho.



à deusa Juno

em ti, bendita Juno,
a consagração do mês das regas e das colheitas,
a que concedeste a nobreza do teu sacro nome.
um mês de solstício, de casamentos e namorados,
de suculentos frutos e legumes,
de santos populares e fogueiras,
mês da foice em punho e do flavo trigo nas eiras.

é este o teu mês,divina Juno,
e nele quero relembrar e honrar o teu bom-nome
e deixar o meu testemunho.
belas e rociadas de plenitude
as noites e as antemanhãs
que nos concedes na quietude dos dias.

na beleza dos teus olhos,
a embriaguez azul
da infinitude dos céus,
a mesma luz que ofusca e inebria
os humanos e os deuses.
em teus purpurinos lábios
o incitamento ao beijo.
no teu corpo divino
o amor, o desejo, a beleza,
a força feminina
que gera a vida
e canta a natureza.
zelosa em teu himeneu com Júpiter,
único no Olimpo,
proteges, na tua graça,
como se fora teu,
o casamento de todas as mulheres,
que acolhes e amparas no teu coração.

a ti, deusa da maternidade,
elevo a minha voz e o meu olhar e ofereço,
na modéstia dos simples,
o meu humilde verbo.

a ti, Luno - ou Hera -
rainha dos deuses
que cintilante nos surges
na tua clâmide de oiro e estrelas,
ergo a minha taça de vinho romano
- ou grego, tanto faz!–
e brindo à tua pureza,
à tua sensualidade,
à tua excelsa beleza,
na infinidade do Olimpo arcano
de onde sopram os ventos da paz
e onde tudo é claro e exacto
e imponente e não efémero,
porque divino, e não humano.

poesia publicada por peregrino copiado do blog: peregrino21.blogspot.com



31 de Maio - Calendário Mágico

FESTIVAL DE PROSÉRPINA (denominação romana) ou Preséfone

Este festival romano homenageia a Rainha do Submundo.
Esta deusa ajuda a despertar um tesouro oculto nas profundezas do espírito.
Acenda uma vela e cerque-a com pedras negras, fazendo um círculo.
Peça a Prosérpina para trazer à tona a parte luminosa e adormecida de sua alma. Enquanto faz o pedido, vá retirando as pedras uma a uma.

vista de perfil da deusa
face Coré da deusa da Blessed


Deusa da agricultura, na mitologia romana, filha de Júpiter e de Ceres, Coré (ou Kore) foi raptada por Plutão, enquanto colhia flores.
Plutão, deus do mundo dos mortos, levou-a para os infernos, desposou-a e fez dela sua rainha - a Rainha do Submundo-

Desse casamento nasceram as Fúrias - em número de 3 :

As Fúrias eram divindades infernais, do ódio, da vingança e da justiça.
Monstros que personalizavam a vingança dos deuses. Elas eram virgens caçadoras, de asas rápidas e fisionomia terrível.

Perséfone (Proserpina) da Blessed Arte Magica
Eram três: Megera, (personificava a inveja e o ódio,perseguia os culpados e semeava a discórdia entre eles) Tisífone (armada de um chicote, açoitava os culpados);e Alecto (a mais terrível, personificava a cruel vingança).
São elas o símbolo do remorso, que corrói o coração dos culpados.

30 de Maio - Calendário Mágico

Nesta data, no ano de 1431, a heroína francesa e líder militar Joana D'arc foi queimada viva na fogueira como castigo por cometer crimes de Bruxaria, heresia e "ser dada às artes proibidas de magia e adivinhação"

Livro Wiccano do dia a dia - Gerina Dunwich

Joana d’Arc foi uma das mulheres mais fortes e guerreiras que o mundo já conheceu.
Nasceu em 1412, no vilarejo de Domrémy, França.
Pertencia a uma família de camponeses, foi educada para ser uma boa esposa, para isso aprendia as prendas domésticas.
Fora isso, não recebera outro tipo de educação, era praticamente analfabeta.
Ao completar 13 anos a jovem passou a ouvir vozes sagradas:
São Miguel, Santa Catarina e Santa Margarida.
A primeira orientação feita pelas vozes à Joana foi de que a menina deveria permanecer virgem para obter a salvação de sua alma.
Mais tarde as vozes passaram a orientá-la sobre política, dizendo que deveria coroar o príncipe herdeiro do trono, Carlos, mais conhecido como delfim, e salvar a França dos ingleses.
Joana foi concebida no ápice da Guerra dos Cem Anos, conflito que se iniciou em 1337 e teve fim em 1453.
A situação francesa era crítica tanto na política como na economia.
A Igreja estava enfraquecida devido às limitações do papado, para sobreviver em meio aos poderosos a Igreja saiu em busca de alianças.
Com a França em decadência, a Igreja optou por aliar-se à Inglaterra, que até então era a mais forte.
Para Joana e sua família, tais alianças significava o início de tragédias, já que o feudo era vizinho de Lorena, onde se localizava o vilarejo de Domrémy.
Com isso, as terras da família d’Arc passaram a sofrer constantes ataques.
Na época em que os borguinhões se apossaram de vez de Domrémy, em 1428, Joana tinha 16 anos de idade.
Com os conselhos das vozes santas na cabeça, decidiu que iria coroar o rei.
Tinha consciência de que a paz só seria possível com uma França forte, e que o país só atingiria tal objetivo quando o delfim recebesse a coroa na catedral de Notre-Dame de Reims, conforme a tradição.
Decida, Joana convenceu o padrinho, um soldado que já havia se aposentado, a acompanhá-la até a cidade de Vaucouleurs.
Ela tinha o objetivo de persuadir o nobre Roberto de Baudricourt, chefe militar e senhor local, a lhe conceder um exército.
No primeiro encontro se impressionou com a força e a coragem da jovem, mas não cedeu um exército de imediato.
Na espera de uma resposta favorável, Joana ficou vagando por Vaucouleurs.
Nesse tempo acabou levando muito soldado na conversa.
Ao tomar conhecimento de que cada vez mais soldados juravam lealdade à Joana, Baudricourt não teve alternativa.
D’Arc partiu para o castelo de Chinon, quartel-general do delfim Carlos, juntamente com o duque de Anjou, com os cavaleiros que havia amealhado e com os soldados que Baudricourt finalmente lhe concedera.
Ao chegar a Chinon, Carlos já havia sido informado sobre a jovem camponesa, provavelmente louca, que dizia ouvir vozes sagradas.
Ficando meio receoso, permaneceu dois dias recluso, discutindo com a corte se deveria ou não recebê-la.
Por fim d’Arc convenceu Carlos de que estava ali com um propósito e que era digna de ser recebida por ele.
Com tudo, delfim equipou e abençoou Joana em sua Marcha até Orléans.
Apesar de estarem em menor número, os franceses contavam com a força, coragem e garra de Joana.
A batalha durou alguns dias e os ingleses recuaram.
Em maio de 1429, a França obteve sua primeira grande vitória militar.
Joana d’Arc estava pronta para sua missão, a de coroar o delfim, sendo assim, em julho de 1429, Carlos recebeu a coroa do rei na Catedral de Notre-Dame de Reims.
Com isso, Joana havia atingido seu objetivo maior, só que sua ambição militar falou mais alto. Partiu para Paris a fim de expulsar os ingleses, em setembro de 1429 invadiu Paris, onde foi derrotada, seus soldados partiram em retirada, mas seu espírito guerreiro resistiu.
Joana foi capturada, levada para a fortaleza de Beaulieu e, logo em seguida, para o castelo de Beaurevoir.
Tentou escapar de ambas as prisões, mas não obteve êxito, Joana foi vendida pelos borguinhões por 10 mil libras aos ingleses.
Em 1430, foi levada a julgamento no tribunal inglês, sendo conduzido pelo bispo de Beauvais, Pierre Cauchon.
Todas as acusações eram de ordem religiosa: bruxa, herege, idólatra, entre outras.
Martírio que durou seis meses, sua sentença foi ser queimada viva.
Cumpriu-se então a sentença, Joana foi queimada viva em uma fogueira aos 19 anos de idade.
Foi o fim da heroína francesa.

Por Eliene Percília
Equipe Brasil Escola

Oração à Santa Joana D'Arc

Ó Santa Joana D'Arc, vós que,
cumprindo a vontade de Deus,
de espada em punho, vos lançastes à luta,
por Deus e pela Pátria,
ajudai-me a perceber, no meu íntimo,
as inspirações de Deus.
Com o auxílio da vossa espada,
fazei recuar os meus inimigos
que atentam contra a minha fé
e contra as pessoas mais pobres e
desvalidas que habitam nossa Pátria.
Santa Joana D'Arc, ajudai-me a vencer
as dificuldades no lar, no emprego,
no estudo e na vida diária.
Ó Santa Joana D'Arc atenda ao meu pedido ( pedido ).
E que nada me obrigue a recuar,
quando estou com a razão e a verdade,
nem opressões, nem ameaças, nem processos,
nem mesmo a fogueira.
Santa Joana D'Arc,
iluminai-me, guiai-me, fortalecei-me, defendei-me.

Amém.

29 de Maio - Calendário Mágico

Plynteria (Roma)

Este festival romano lembra- nos de purificar nossos símbolos sagrados.

Acreditava-se que toda a energia que os símbolos captavam precisava ser "purificadas de tempos em tempos".

Faça o mesmo, limpe todas as imagens sagradas que tiver, qualquer coisa que represente um aspecto da divindade deve ser lembrado.

Essa é uma maneira de fazer a energia estar sempre circulando.(Autor: Mago Ganesha)
Altar de bolsa da Blessed Arte Mágica

Dia de purificar seu altar, sua casa e você mesmo.


Medite sobre o que não é mais útil para sua vida e procure se livrar do que não mais lhe serve.

28 de Maio - Calendário Mágico

Dia do Anjo da Guarda

Não é preciso um dia específico para falar com seu anjo.
Mas hoje é um dia especial para agradecer por tudo que ele tem feito.
Acenda ao acordar e ao dormir, uma vela branca, conversando com ele e agradecendo. Dê-lhe um presente, comprando alguma coisa de que uma pessoa humilde precise e dê a alguém necessitado que não saiba quem você é.


Anjos da Guarda são os anjos que segundo as crenças cristãs, Deus envia no nosso nascimento para nos proteger durante toda a nossa vida.

Peça ao seu anjo para que ele o proteja, ampare e o intua para que tome boas resoluções durante o dia que começa...
Pela manhã, ao levantar, é um bom momento para orar.
Nesta hora em que vamos começar nosso dia, faz-se necessário pedir proteção a Deus e ao anjo.
Durante sua oração, procure ficar num estado de receptividade total, livre de suas preocupações.
Assim, você desobstrui os canais ou circuitos que dão acesso à sua própria sabedoria.
A verdade, a bondade e a afirmação do positivo, em vez das lamúrias, são alguns dos valores que ajudam a sintonizar, com eficácia, o seu anjo.

Comunicação:
Quando estamos relaxados, ele se comunica conosco através de visões, sonhos, sentimentos, insights, pistas, pessoas ou até por objetos que encontramos em circunstâncias incomuns.
Basta estar aberto para perceber as "dicas" ou lembretes...
Um tipo de comunicação que pode ser feita é através da escrita de uma carta.
Esta é uma excelente maneira de nos sintonizar e de nos ligar com os nossos anjos.
Ao escrever para o anjo, podemos pedir uma orientação em relação a algo que nos incomoda, podemos pedir para ter uma definição sobre como agir ou obter uma resposta para aquilo que temos dúvida. Escrever ajuda a organizar os pensamentos, a elucidar as questões pessoais e a desanuviar a mente.
Um pensamento posto no papel é algo definido e completo.


Abra-se para que esse amigo tão sincero possa realmente fazer parte de sua vida...

26 de Maio - Calendário Mágico


Dia das Fadas Azuis

Acredita-se que as fadas azuis estão sempre perto das mulheres grávidas e bebês recém-nascidos.
Essa tradição da Normandia lembra um antigo ritual que é enfeitar a casa com flores azuis, especialmente hortênsias, para homenagear as fadinhas.

24 de Maio - Dia da Deusa Tríplice

Dia da Tríplice Deusa

A tríplice deusa da tradição celta, donzela, mãe e anciã, é honrada hoje.
Coloque 3 rosas em um vaso com água representando os 3 aspectos da Deusa (uma flor em botão, uma semi-aberta e uma completamente aberta).
Peça então à donzela coragem, a pureza e a busca pelo conhecimento. à mãe amor, poder, proteção e carinho maternal e à anciã, sabedoria, conhecimento e renovação.

Entendendo...
Para a Wicca, existe um Princípio Criador, que não tem nome e está além de todas as definições.

Desse princípio, surgiram as duas grandes polaridades, que deram origem ao Universo e a todas as formas de vida.
Princípio feminino ou grande mãe.
A Grande Mãe representa a Energia Universal Geradora, o Útero de Toda Criação.
É associada aos mistérios da Lua, da Intuição, da Noite, da Escuridão e da Receptividade.
É o inconsciente, o lado escuro da mente que deve ser desvendado.

A Lua nos mostra sempre uma face nova a cada sete dias, mas nunca morre, representando os mistérios da Vida Eterna.
Na Wicca, a Deusa se mostra com três faces: a Virgem, a Mãe e a Velha Sábia, sendo que esta última ficou mais relacionada à Bruxa na Imaginação popular.
A Deusa Tríplice mostra os mistérios mais profundos da energia feminina, o poder da menstruação na mulher, e é também a contraparte Feminina presente em todos os homens, tão reprimida pela cultura patriarcal!
A Deusa é a Mãe universal.
É fonte da fertilidade, da infinita sabedoria e dos cuidados amorosos.
Ela possui três aspectos: a Donzela, a Mãe e a Anciã, que simbolizam as Luas Crescente, Cheia e Minguante.
Ela é a um só tempo o campo não arado, a plena colheita e a Terra dormente, coberta de neve. Ela dá à luz em abundância.
Mas, uma vez que a vida é um presente seu, ela a empresta com a promessa da morte.
Esta ( a morte) não representa as trevas e o esquecimento, mas sim um repouso pela fadiga da existência física. É uma existência não-humana entre duas encarnações.
Uma vez que a Deusa é a Natureza, toda a natureza, ela é tanto a ninfeta como a velha; o tornado e a chuva fresca de primavera; o berço e o túmulo.
Porém, apesar de Ela ser feita de ambas as naturezas, a Magia Natural a reverencia como a doadora da fertilidade, do amor e da abundância, mesmo sabendo que seu lado obscuro também existe e tem o seu papel e importancia.
Nós A vemos na Lua, no silencioso e fluente oceano e no primeiro verdejar da primavera.
Ela é a incorporação da fertilidade e do amor.
A Deusa é conhecida como a rainha do paraíso, Mãe dos Deuses que criaram os Deuses, a Fonte Divina, A matriz Universal, A Grande Mãe e incontáveis outros títulos.
Muitos símbolos são utilizados para honrá-la, como o caldeirão, a taça, flores de cinco pétalas, o espelho, colares, conchas do mar, pérolas, prata, esmeralda... para citar uns poucos.
Por governar a Terra, o mar e a Lua, muitas e variadas são suas criaturas.
Algumas culturas incluíram o coelho, o urso, a coruja, o gato, o cão, o morcego, o ganso, a vaca, o golfinho, o leão, o cavalo, a corruíra, o escorpião, a aranha e a abelha.
Todos essses animais são sagrados a Deusa!
A Deusa já foi representada como uma caçadora correndo com seus cães de caça (relacionadaa Artemis ou Diana) ;
uma deidade celestial caminhando pelos céus com pó de estrelas saindo de seus pés;
a eterna mãe com o peso da criança;
a tecelã de nossas vidas e mortes;
uma Anciã caminhando sob o luar buscando os fracos e esquecidos, assim como muitos outros seres.
Mas independente de como a vemos, Ela é onipresente, imutável, eterna.
A adoração à Deusa foi a primeira Religião estabelecida pelos seres humanos.
Muitas evidências arqueológicas, que incluíam estátuas, amuletos, cerâmicas, pinturas na cavernas e outras imagens indicando a veneração à Deusa, foram descobertas comprovando a existência de um culto primordial, no qual uma Divindade Criadora feminina era adorada.
Merlin Stone, em When God was a Woman (Quando Deus era uma Mulher), relata:
“Arqueólogos localizaram evidências de adoração à Deusa antes das comunidades do período Neolítico, cerca de 7000 a. C.; algumas das esculturas datam do Paleolítico Superior, cerca de 25000 a. C. Desde as origens Neolíticas, sua existência foi comprovada repetidamente até os tempos romanos.”
A evidência mais convincente de adoração à Deusa vem de numerosas esculturas de mulheres grávidas com seios, quadris, coxas, nádegas e vulvas exagerados.
Essas imagens forma intituladas pelos arqueólogos como estatuetas de Vênus, ou ídolos do culto à Grande Mãe.
Elas são feitas de pedra, osso, barro e foram descobertas perto dos restos de paredes das primeiras habitações humanas.
Estas estátuas foram encontradas na Espanha, França, Alemanha, Áustria, Checoslováquia e Rússia e parecem ter pelo menos 10 mil anos.
Essas esculturas não significam meras decorações das pessoas que as criaram, mas são, sim, objetos profundamente importantes porque representam o meio pelo qual os seres humanos se expressavam antes mesmo de começarem a utilizar a fala.
A arte, através da história, sempre revelou o que as culturas valorizavam e o conhecimento que tentavam passar às gerações futuras.
Claramente o parto, a maternidade e a sexualidade feminina eram considerados sagrados.
Isso nos mostra que essas culturas tiveram pouco ou nenhum conhecimento do papel do homem na reprodução.
Para todos, a mulher concebia o bebê por ela mesma.
Sexo não era associado com o parto, e as mulheres foram consideradas as doadoras exclusivas da vida.
Até hoje, alguma culturas isoladas na Terra acreditam que o homem não tem participação nenhuma na concepção.
Além disso, como o conceito de paternidade ainda não tinha sido entendido, as crianças só pertenciam à mães e à comunidade.
Crianças “ilegítimas” não existiam.
As crianças levavam o nome de suas mães e a família descendia pela linhagem materna.
Esta estrutura social, baseada na afinidade feminina, é chamada de “matrilinear” e ainda existe em algumas partes da África, Índia, Melanésia e Micronésia.
A adoração da Deusa nas culturas antigas incluía o papel principal das mulheres nos trabalhos religiosos e nas celebrações sagradas.
As mulheres eram as grandes Sacerdotisas, Adivinhas, Parteiras, Poetisas e Curandeiras.
Elas presidiam templos erguidos somente a Deusas como Ishtar, Ísis, Brigit, Ártemis e Diana, que estão entre as mais populares.
Do envolvimento das mulheres com a religião vieram muitos avanços, como o conhecimento do poder das ervas, que curavam os doentes e aliviavam a dor do parto, até o primeiro calendário, o calendário lunar, que foi utilizado por muito tempo e que pode ter-se originado no procedimento de mulheres que observavam seus ciclos menstruais e os comparavam com os ciclos da Lua. Além da astronomia, as mulheres desenvolveram também os idiomas, a agricultura, a culinária, a cerâmica e muito mais.
As contribuições das mulheres para as culturas humanas são inúmeras e nunca tiveram o devido crédito e valor.
A Deusa é o princípio Divino Feminino, a Divindade suprema adorada nas práticas Pagãs.
É difícil definir a Deusa em alguns parágrafos, mas a versatilidade é uma de Suas características mais interessantes.
Para alguns Ela é a única Divindade existente.
A Deusa não é necessariamente vista como uma pessoa, mas uma força multifacetada de energia que se expressa em uma variedade de formas e pode ter inúmeros nomes diferentes.
Ela foi chamada Ishtar, Astarte, Inanna, Lilith, Ísis, Maat, Brigit, Cerridwen, Gaia, Deméter, Danu, Arianhod, Ceridwen, Afrodite, Vênus, Ártemis, Athena, Kali, Lakshmi, Kuan-Yi, Pele e Mary, entre muitos outros nomes.
A Ela foram atribuídos muitos símbolos, como serpentes, pássaros, a Lua e a Terra.
A Deusa é a Criadora de todas as coisas e, ao mesmo tempo, a Destruidora.
Tudo vem Dela e tudo retornará a Ela.
A Deusa está contida em tudo e vive na Terra, nos céus, no mar, em cada botão de flor, em cada pingo d’água e em cada grão de areia.
Ela não é um Ser distante e intocável, mas sim uma Divindade que está aqui conosco, vive e se manifesta em cada um de nós.
Ela é a Virgem, a Mãe e a Anciã.
Ela é você, Ela é eu, Ela é tudo e todos.
Nas práticas Pagãs, a Deusa possui três aspectos distintos.
A Triplicidade da Deusa se refere a três estados distintos da mesma divindade.
Cada um desses aspectos tem suas características particulares, distintas das outras, e cada uma delas traz a possibilidade de serem relacionadas com aspectos internos de nossa psiquê:
A Virgem, a Mãe e a Anciã, os seus aspectos reverenciados por toda a humanidade desde tempos imemoráveis.
A Virgem representa os impulsos, o começo, e está relacionada à Lua Crescente.
A Mãe é a Doadora da Vida, a Grande Nutridora, e está associada à Lua Cheia.
A Anciã é a detentora da sabedoria, a Grande Conhecedora e Transformadora, e está associada à Lua Minguante.
A Deusa é abrangente porque pode ser tudo que você quiser que Ela seja.
A maioria do seguidores da Deusa compartilha algumas convicções em comum.
Starhawk, uma das mais atuantes Bruxas modernas e autora de Dança Cósmica das Feiticeiras, afirma que três princípios da religião da Deusa são: a imanência, a interconexão e a comunidade. Imanência é o meio pelo qual todos os seres estão relacionados e a forma como estamos unidos ao Cosmo.
Como comunidade, crescimento e transformação passam por interações íntimas, basicamente, a lei da Deusa é Amor – Amor Incondicional.
Ela não tem nenhuma ordem a ser seguida a não ser o Amor, em todas as suas manifestações e formas.

A Conexão com as Três Faces da Deusa

Celebre a Deusa em todas as suas formas e aspectos divinos.
Possa suas imagens e palavras inspirar
E lembrar você que Ela está sempre presente
E merece seu respeito e cuidado.
Ouça o Seu canto, pois Ela canta em tudo o que há!

Entrar em contanto com as faces da Deusa significa saber o que esse períodos (juventude, maturidade e velhice) podem nos trazer de positivo e o que aprendemos e poderemos aprender com eles.
Conecte as três faces da Deusa através destes simples rituais.

Donzela

Dentre as três faces da Deusa, a Donzela ou, como também é chamada, a Virgem é a mais jovem, relacionada com os descobrimentos e aspectos mais criativos de nossa personalidade.
Ela é a inocência e despreocupação, a alegria de viver.
Está associada com a Primavera e é festejada em Ostara.
O termo Donzela ou Virgem não se refere ao sentido sexual, mas sim ao aspecto de inocência e independência.
A Virgem é a dona e responsável por si mesma.
Os nomes recebidos pela Donzela variam de acordo com as distintas culturas em que a encontrarmos. Damos como exemplos:
Ártemis: Deusa romana dos bosques e da caça, tida como a eterna Virgem.



Rituais que usam a face Virgem da Deusa:

Qualquer novo início, ou até mesmo esperanças e planos para novos começos.
Quando assumimos um trabalho novo ou planejamos solicitar um novo trabalho.
Durante os “primeiros passos” das novas idéias.
Sempre que você planeja ou começa um ciclo completo em sua vida.
Sempre que você começa uma fase nova em sua vida.
Quando se muda para uma nova casa ou apartamento.
Ao entrar em uma nova escola ou voltar a estudar depois de um longo tempo.
Qualquer jornada que esteja conectada com mudanças antecipadas.
Começo de uma relação nova, amor ou amizade.
Planos para engravidar.
Nascimento de uma criança.
A primeira menstruação de uma menina.
O início da puberdade de um menino.
Os animais associados ao aspecto Virgem da Deusa são os Cervos e qualquer outro animal silvestre.
O aspecto Virgem da Deusa representa a mocidade, a excitação da conquista dos desejos, e a novidade da vida e da magia. Na idade humana ela estaria entre a puberdade e os vinte anos.
As cores dela são suaves e claras, como branco, cor-de-rosa suave ou amarelo-claro.

Meditação para Conexão com a Donzela

Material necessário:

Um Cálice com água;
Duas velas brancas;
Margaridas;
Pétalas de rosas brancas.

Procedimento:
Trace o Círculo Mágico de forma usual e então invoque a Donzela com as seguintes palavras:

Deusa e amada Caçadora, venha a mim.
Donzela do Coração Indomado, venha a mim.

Você, que anda pelas florestas, venha a mim.

Você, que é a Grande Caçadora noturna,

De olhos brilhantes, que traz o amanhecer, venha a mim.

Oh! Crescente de prata, você que é o Sonho ousado,
aquela que caminha só, venha a mim.
Jovem, Donzela, Virgem, de cabelos enfeitados de flores e folhagens,

p
arceira de pássaros e cães, caçadora Selvagem dos céus, venha a mim.

Acenda as duas velas brancas, coloque o Cálice no meio das velas e preencha-o com as pétalas de rosas brancas.
Enfeite o seu Altar com as margaridas, enquanto reflete e medita sobre os atributos da Donzela: Os novos inícios
A luta
A criança
O amor
O companheirismo
A audácia
A força de vontade

Medite sobre esses atributos e o que eles significam para você.
Enquanto isso, enfeite o seu Altar com as margaridas.
Coloque algumas delas nos cabelos e continue a refletir nos atributos da face Virgem da Deusa. Entoe uma canção de sua infância, que sua mãe cantarolava para que você dormisse.
Continue refletindo sobre os atributos da Donzela e deixe o seu canto levá-lo até um bosque silencioso e repleto de paz.
Sinta a harmonia desse lugar, o cheiro, as cores e comece a caminhar pelo bosque.
Imagine uma moça jovem e bela, vestida de branco e carregando um Cálice de cristal com água, vindo em sua direção.
Ela é a Donzela que veio abençoá-lo e trazer sua magia até você.
Ela lhe oferece o Cálice, dizendo a você que beba o líquido contido nele.
Você pega o Cálice, toma a água e sente-se renovado, tranqüilo e harmônico ao ingerir o conteúdo do sagrado Cálice da Donzela.
Você entrega o Cálice a Ela e agradece-lhe.
Ela toca a sua testa e você percebe que todo o seu ser brilha ao toque da Deusa.
Ela o está abençoando com a Sua energia de vida, juventude e força.
Deixe o poder da Donzela atuar sobre você.
Sinta-se preenchido pela luz da Deusa, enquanto Ela vai se afastando lentamente de você.
Volte pelo mesmo caminho pelo qual você veio e comece a cantar novamente a mesma melodia que o levou ao bosque. Cante e deixe que ela lhe traga a realidade novamente, e aos poucos, sinta-se no lugar onde você começou sua jornada.
Pegue o Cálice com água, que se encontra sobre o seu Altar, beba um gole de sua água.
Agradeça à Deusa e destrace o Círculo, tendo a certeza de que a Donzela o abençoou.


Deusa Mãe

A face Mãe da Deusa é tida como a da eterna doadora da vida.
Esta foi uma das primeiras representações religiosas expressas pelos seres humanos.
É a esse aspecto da Deusa que estão associadas todas as imagens que foram encontradas em escavações de sítios arqueológicos, como a Vênus de Willendorf.
Algumas imagens mitológicas atribuídas à Mãe são tidas tanto como criadoras quanto destruidoras.
Podemos ver isso como a própria Natureza em todos os seus aspectos.
Existem numerosos exemplos que poderiam ser associados ao aspecto da Deusa Mãe:
Deméter: Encarregada da fertilidade da terra e das colheitas.
Ísis: Chamada também de a Grande Mãe Criadora e Doadora da Vida.
Badb: A Deusa celta que forma uma trindade junto com Anu e Macha. Possui um caldeirão como símbolo do ventre.
Freya: Considerada a líder das Disir, as matriarcas Divinas. Está intimamente ligada à Magia e aos gatos.

Temas de Rituais que usam a face Mãe da Deusa:
Projeto de alegria e conclusão.
Quanto o parto está próximo.
Necessidade de força para finalizar algum assunto ou situação mal-resolvida.
Bênçãos e proteção.
Especialmente a mulheres que são ameaçadas por homens.
Direção em decisões da vida.
Matrimônios.
Achando ou escolhendo uma companheira ou um companheiro.
Escolhendo ou aceitando um animal.
Proteção de vida aos animais.
Fazendo escolhas de qualquer tipo.
Buscando por períodos de paz.
Intuição em desenvolvimento psíquico.
Direção espiritual.

A Mãe é aquela que se volta para a nutrição, a preocupação e a fertilidade; é uma mulher no início da vida e no cume do seu poder.
Ela protege e assegura a justiça.
Na idade humana, seria uma mulher por volta dos trinta anos.
As cores dela são um pouco mais fortes que as da Virgem, como vermelho, verde, cobre, púrpura, azul.
Os animais associados ao aspecto Mãe da Deusa são o gato e a pomba

Meditação para Conexão com a Mãe

Material necessário:
Um cálice com vinho;
Uma vela vermelha;
Caldeirão;
Ramos de trigo.

Procedimento:
Trace o Círculo Mágico.
Coloque a vela vermelha no interior do Caldeirão.
Enfeite o seu altar e o Caldeirão com os ramos de Trigo e então invoque a Deusa:

Deusa Mãe, cujos ossos e sangue são a Terra, venha a mim.
Deusa nutridora e bondosa, fertilidade da Terra, fogo da Lareira, venha a mim.
Mãe natureza, criadora do mundo e poderosa frutificadora, venha a mim,
Senhora, venha com a sua força plena e brilhante,
venha a mim, Senhora.

Acenda a vela do Caldeirão e olhe para a chama, meditando sobre os atributos da face Mãe da Deusa:
Bondade
Criação
Nutrição
Bênção
Proteção
Auxílio espiritual
Frutificação.

Medite sobre esses aspectos regidos pela Deusa, olhando fixamente para a chama da vela.
Feche os olhos e visualize uma mulher madura vindo da escuridão ao seu encontro.
Ela é a Grande Mãe, a Criadora de tudo e de todos.
Ela caminha em sua direção sorrindo e carregando um ramo de trigo e uma cornucópia nas mãos. É a nutridora, a Deusa da fertilidade e da abundância.
Ela sorri para você enquanto vertem moedas, grãos e frutas de sua cornucópia, ao vir em sua direção.
Pede que você abaixe e pegue uma das moedas.
Você assim o faz e entrega a moeda a Ela.
A Deusa traça um símbolo sobre a moeda e lhe devolve, dizendo que é um presente dela para você.
Aos poucos você percebe que de sua cornucópia não vertem mais moedas e grãos, mas sim uma poderosa luz que começa a envolver todo o seu ser.
Essa luz lhe traz vida, abundância, fartura e prosperidade.
Sinta a energia da Deusa fluir para você.
Aos poucos a luz vai se dispersando e você percebe que a figura da Deusa se dispersa junto com a luz.
Agradeça a Ela e sinta-se retornando aos poucos à sua consciência normal.
Tome um gole de vinho, despeje um pouco dele dentro do Caldeirão como uma oferenda à Deusa. Agradeça à Mãe e destrace o Círculo.


Anciã

Sem a Virgem não há começos, sem a Mãe não há vida e sem a Anciã não há o fim.
A Deusa Anciã é o aspecto menos compreendido e o mais temido, já que nos leva inevitavelmente a refletir sobre a morte.
A Anciã foi reverenciada nas antigas culturas como regente do Submundo, visto antigamente como um lugar de descanso das almas entre as reencarnações.
Obviamente todos nascemos e morremos, e a função da Deusa Anciã é nos acompanhar durante a última etapa de nossa vida, preparando-se para o Outro Mundo.
Os exemplos associados à Deusa Anciã são:
Hécate: Entre os gregos, chamada de Rainha das Bruxas, era uma divindade do Submundo e da Lua, adorada nas encruzilhadas, onde se faziam sacrifícios em sua homenagem.
Hel: Deusa germânica do Submundo. Segundo os mitos, era a Ela que retornavam todos os mortos ao fim de sua existência.
Morrigu: Deusa celta dos Mortos, que também regia as guerras. Tem um aspecto triplo em si mesma e às vezes era chamada de “As três Morrigans”.

Temas de Rituais que usam a face Anciã da Deusa:
Relações, trabalhos, amizades e amizades que estejam terminando.
Menopausa ou sintomas de envelhecimento.
Divórcio.
Um reagrupamento de energias necessárias para o término de um ciclo de atividade ou problema.
Tranqüilidade antes de pensar em novas metas e planos.
Quando as plantas estão prontas para o Inverno.
Morte de uma pessoa ou animal.
Contemplação ao término de seu próprio ciclo da vida.
Mudança de habitação ou trabalho.
Necessidade de forte proteção contra ataques nos níveis físicos ou psíquicos e aborrecimento no plano dos espíritos.
Entendimento dos mistérios mais profundos.
Desenvolvimento dos estados de transe ou comunicação com o outro mundo.

A Anciã é um ser de sabedoria da idade avançada.
Ela é a Bruxa e conselheira.
Preocupa-se com a Virgem e com a Mãe.
Ela é lógica e pode ser terrível em sua vingança.
Na idade humana, ela teria aproximadamente 45 anos ou mais.
Dos três aspecto, o mais difícil de ter correspondência com a idade humana é o da Anciã.
As cores tradicionais dessa face são: preto, cinza, púrpura, marrom ou azul da meia-noite.
O aspecto negro da Deusa nos ensina que, assim como tudo na Natureza se move em ciclos, nossa vida segue o mesmo fluxo, e devemos aceitar a morte como uma passagem a outro estado, tão válido e parte da vida quanto o próprio nascimento.
Os animais associados à Deusa Anciã são a coruja, o corvo e o lobo.


Meditação para Conexão com a Anciã

Material necessário:
Caldeirão;
Um carretel de linha preta;
Uma vela preta.
Procedimento:
Trace o Círculo Mágico e então invoque a Deusa na sua face de Anciã:

Senhora da Sabedoria, venha a mim.
Grande Transformadora e Sábia, venha a mim.
Deusa do Caldeirão sagrado, venha a mim.
Você, que nos conduz ao instinto seguro através dos seus mistérios, venha a mim.
Poderosa Bruxa, Guardiã da força da Virgem e Portadora do Amor da Mãe, venha a mim.
Você que, por entregar seu amor em liberdade, é sempre Virgem, venha a mim.
Você, que conhece a força e segredo de todos os ritos, venha a mim.
Esteja comigo, Senhora.
Grande Conhecedora dos mistérios da vida, venha a mim.

Coloque a vela preta no interior do Caldeirão e acenda-a.
Comece a desenrolar o carretel, meditando sobre os atributos da Anciã:
Mistérios
Sabedoria
Transformação
Exterminação
Poderes ocultos
Encantamentos
Força mágica

Continue desenrolando o carretel, tendo em mente que ele representa o fio de sua vida.
Coloque a linha desenrolada dentro do seu Caldeirão, circundando a vela, e continue a meditar.
Feche os olhos e sinta as batidas do seu coração.
Deixe que o pulsar dessas batidas o leve até um Círculo de pedras envolto por brumas.
Aos poucos essas brumas começam a se dissipar e você visualiza uma Anciã envolvida por um manto, vindo em sua direção.
Ela apóia-se num cajado e caminha lentamente, vindo ao seu encontro .
Ela é Anciã que atravessou os Mundos para encontrar-se com você.
Ela se aproxima e então pergunta o porquê de sua ida até aquele lugar sagrado e o que você quer dela.
Converse com Ela e responda às suas indagações.
Diga que você foi ao encontro dela para conhecer os seus mistérios.
Peça-lhe conselhos e orientações.
Deixe que Ela o oriente.
Depois de conversar tudo o que era necessário, Ela o abençoará com o seu cajado, traçando um grande Pentagrama de luz sobre você.
Deixe o poder Dela atuar sobre a sua mente e corpo.
Ela está partilhando o Seu poder com você para que se torne ainda mais poderoso e sábio.
Agradeça-lhe a bênção, enquanto Ela se afasta vagarosamente de você.
Sinta as batidas do seu coração novamente e deixe que o seu pulsar traga-o à realidade novamente.
Lentamente sinta o seu ser e abra os olhos.
Agradeça à Deusa e destrace o Círculo Mágico.

Santa Sara - Protetora do Povo Cigano!!!

Dia de Santa Sara

A santa por quem os ciganos nutrem o mais devotado amor e respeito, chama-se Santa Sara Kali.
Kali é venerada pelo povo hindu como uma deusa, que a consideram como a Mãe Universal, a Alma Mater, a Sombra da Morte. Sua pele é negra tal como Shiva.
Para os ciganos, Sara, santa venerada, possui a pele negra, daí ser conhecida como Sara Kali, a negra.
Ela distribui bênçãos ao povo, patrocina a família, os acampamentos, os alimentos e também tem força destruidora, aniquilando os poderes negativos e os malefícios que possam assolar a nação cigana.

Texto inclinado copiado da internet:

A LENDA DE SANTA SARA KALI por Reinaldo Mariano de Brito - reisol777@yahoo.com.br

“Conta-se que foram atirados ao mar numa barca sem remos e sem provisões: Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino, junto com Sara – uma cigana escrava”.

Desesperadas, as três Marias puseram-se a chorar e a orar.
Sara então retira da cabeça o diklô (lenço), chama por Kristesko (Jesus Cristo)

(Sara era egípcia, tinha a cútis escurecida pelo clima e Jesus a tinha em grande estima.) e promete que se todos se salvassem ela se tornaria escrava de Jesus cobrindo para sempre a cabeça em sinal de respeito.
Milagrosamente a barca atravessou o oceano e aportou com todos salvos em Petit-Rhône no sul da França, conhecida hoje como Saintes-Maries-de-La-Mer.
Sendo assim, Sara cumpriu sua promessa até sua morte.

"Saintes Maries de La Mer", transformou-se num local de grande concentração do Povo Cigano.
Quase todos os ciganos são devotos de "Santa Sara", que é reverenciada nos dias 24 e 25 de maio, em procissões que lotam Lês Saints Maries de La Mer, em Camargue, no Sul da França.
Através de uma longa noite de vigília e oração, pelos ciganos espalhados no mundo inteiro, com candeias de velas azuis, flores e vestes coloridas; muita música e muita dança, cujo simbolismo religioso representa o processo de purificação e renovação da natureza e o eterno "retorno dos tempos".
No dia consagrado à sua homenagem na França, o padre da cidade leva ao mar a barca com sua imagem.

A proteção de Sarah confere às pessoas emanações sempre benéficas que representam simbolicamente o ventre da sua mãe, seu sorriso, a irmã e a rainha: a "phuri dai" secreta dos Roms.

Sua história e seus milagres fizeram-na Padroeira Universal do Povo Cigano e é comemorada no dia 24 de maio.

Santa Sara Kali é cultuada pelas ciganas, além de trazer saúde e prosperidade, principalmente por ajudá-las diante da dificuldade de engravidar.
Muitas mulheres faziam promessas de que quando concebessem iriam à cripta da Santa, passariam a noite em vigília e ofereceriam a ela o mais bonito diklô que encontrassem.
Como prova de que muitas ciganas foram agraciadas, lá existem centenas lenços.”

Fonte: Umbanda Racional

ORAÇÃO DE SANTA SARA KALI

Sara, Sara, Sara,
Fostes escrava de José de Arimatéia, no mar fostes abandonada.
(pedir para que nada nos abandone: amor, saúde, felicidade, fé, amigos, dinheiro)

Teus milagres no mar se sucederam e como Santa te tornastes,
À beira do mar chegastes e os ciganos te acolheram.

Sara, Rainha, Mãe dos Ciganos, ajudaste e a ti consagraram Como sua protetora e mãe vinda das águas.

Sara, Mãe dos Aflitos,
a ti imploro proteção para o meu corpo,
Luz para os meus olhos enxergarem até no escuro
(pedir força para os seus olhos, vidência)
Luz para o meu espírito e amor para todos os meus irmãos, Brancos, negros, mulatos, enfim, a todos os que me cercam.

Aos pés de Maria Santíssima, tu Sara, me colocarás.
E a todos os que me cercam
Para que possamos vencer as agruras que a terra nos oferece.

Sara, Sara, Sara,
Não sentirei dores nem temores,
Espíritos perdidos não me encontrarão e
Assim como conseguistes o milagre do mar,
A todos que me desejarem mal, Tu, com as águas me fará vencer.
(quando a pessoa não está bem e querendo resolver algo importante, nesse momento, beber três goles de água)

Sara, Sara, Sara,
Não sentirei dores nem temores,
E continuarei caminhando sem parar,
Assim como as caravanas passam,
No meu interior tudo passará
E a união comigo ficará.
E sentirei o perfume das caravanas que passam
Deixando o rastro de alegria e felicidade.
Teus ensinamentos deixará!

Amai-nos Sara, para que eu possa ajudar
A todos que e procurem,
Ajudados pelos poderes de nossos irmãos ciganos,
Serei alegre e compreensiva(o) com todos que me cercam.

Corre no céu, corre na Terra, corre no mundo e Sara Sara, Sara, está sempre na minha frente.

Assim como os ciganos pedem:


Sara fique sempre na minha frente,sempre atrás, do lado esquerdo,do lado direito.

Assim dizemos:
Somos protegidos pelos ciganos e pela Sara, que me ensinará a caminhar e a perdoar.

Reze três Ave-Marias:
1ª - para Santa Sara
2ª - para os Ciganos
3ª - para você.


ORAÇÃO DE SANTA SARA
(Quando precisar de energia)

Santa Sara,
pelas forças das águas,
Santa, com seus mistérios,
Possa sempre estar ao meu lado, pela força da natureza.

Nós, filhos dos ventos, das estrelas e da lua cheia,
Pedimos à Senhora que esteja sempre ao nosso lado.
Pela figa, pela estrala de cinco pontas,
Pelos cristais que hão de brilhar sempre em nossa vida.
E que os inimigos nunca nos enxerguem,
Como a noite escura, sem estrelas, sem luar.

A Tsara é descanso do dia-a-dia,
A Tsara é nossa tenda.
Santa Sara me abençoe;
Santa Sara me acompanhe.
Santa Sara, ilumina minha Tsara,
Para que todos que batam a minha porta,
Eu tenha sempre uma palavra de amor e de carinho.
Santa Sara, que eu nunca seja uma pessoa orgulhosa,
Que eu seja sempre a mesma pessoa humilde.

Por Maria Aparecida Linares - Jornal de Umbanda Sagrada




Dizem que a pessoa de bom coração consegue ver o sorriso na estátua de Santa Sara.
Verá que tanto seu sorriso como o dela estarão diferentes.
Você também pode pedir proteção à nossa Santa com a oração.
Ela sempre atende a todos bons e retos de coração.

23 de Maio - Calendário Mágico


Rosália

Este é um festival sagrado romano em honra das deusas Vênus (do Amor) e Flora (deusa-flor da Primavera) e é um ótimo dia para um encantamento de amor.
Pegue duas rosas, uma representará você e a outra, as deusas, amarre-as com uma fita de seda amarela e coloque-as num vaso com água e um pouquinho de açúcar.
A flor das deusas passará os mistérios da sedução para a flor mulher.
Depois faça um banho com as pétalas das flores...

20 de Maio - Calendário Mágico


DIA DE MJOLLNIR

Mjollnir é o martelo sagrado de Thor, deus do trovão. Mjollnir foi feito pelos anões e tem o poder de retornar às mãos de Thor após arremessado contra um inimigo.

Hoje se celebra a coragem e a força.
Acenda uma vela vermelha e peça aos deuses da guerra que ajudem você a vencer suas batalhas, sejam espirituais, sejam terrenas.

15 de Maio - Calendário Mágico

Dia de Maya

Maya era a irmã mais velha das sete filhas de Atlas e Pleione.
Essas sete irmãs fugiram de Órion (o gigante), e refugiaram-se no céu, formando a constelação das Plêiades.
Ela (Maya) e suas irmãs, que nasceram no Monte Cilene - Arcádia, são também conhecidas como as deusas da montanha.
Maya era a mais bela e tímida das irmãs. Era uma ninfa

Com Zeus teve como filho Hermes, o belo mensageiro dos deuses.
(em uma caverna do Monte Cilene).
Maya e Hermes temiam a fúria de Hera, por ciúmes de Zeus.
Porém, em vez de serem odiados, os dois conseguiram a simpatia de Hera.

MAIO, é um nome dedicado à Deusa MAYA ou Maia

Nesta noite, olhe para Maya no céu e peça que sopre um segredo no ouvido de quem você ama. A pessoa que você deseja conquistar sonhará com você.

Na tradição romana, Maya era uma divindade que personificava o “despertar da natureza na primavera”.
Seria a deusa do fogo que regia o calor vital, da fecundidade, da sexualidade, da renovação da energia vital,




Em sâncrito, Maya é a deusa indiana que representa a ilusão em todas as suas manifestações.
Era considerada o princípio feminino no qual o mundo foi gerado.

14 de Maio - Calendário Mágico

Dia de Ísis

A mitologia egípcia reserva o dia de hoje para celebrar o encontro da deusa Ísis com os restos do seu amado Osíris.
Hoje, deixe partir de vez algo que perdeu, ciente de que um dia retornará pra você.
Acenda uma vela lilás e um incenso de mirra para Ísis.

A INVOCAÇÃO DE ÍSIS

Eu contemplei uma grande maravilha no Céu, uma mulher vestida de Sol com a Lua aos seus pés. E sobre sua cabeça estava um diadema de doze estrelas.
Ouça-me, Oh Senhora Ísis, ouça e salve.

Oh tu, rainha do amor e da misericórdia, tu coroada com o trono, tu transportada como pela Lua.
Tu cujo semblante é brando e radiante, como a relva refrescada pela chuva.
Ouça-me, nossa Senhora Ísis, ouça e salve.

Oh tu que é manifesta na matéria.
Tu és noiva e rainha assim como tu és mãe e filha do Assassinado.
Oh tu que és a Senhora da Terra.
Ouça-me, oh Senhora Ísis, ouça e salve.

Oh tu, Dama da pele âmbar.
Senhora do amor e da vitória, portal radiante de glória através dos céus sombrios.
Oh, coroada com a Luz , vida e amor.
Ouça-me, nossa Senhora, ouça e salve

Por tua sagrada flor, o Lótus da vida e beleza eternas;
Por teu amor e misericórdia;
por tua ira e vingança;
por meu desejo para contigo,
por todos os nomes mágicos de antanho
ouça-me, oh Senhora, ouça e salve.

Descubra teu peito para tua criança,
estenda adiante teus braços e aperte-me contra teus seios.
Deixe que meus lábios toquem teus lábios inefáveis.
Ouça-me Senhora Ísis, ouça e salve.

Erga tua voz para ajudar-me nessa hora crítica.
Erga a tua voz mais musical.
Grite alto, oh rainha e mãe, para salvar-me daquilo que eu mais temo.
Eu te invoco para iniciar a minha alma.
O rodopio da minha dança, possa ser um espelho e um elo com tua grande luz,
para que na hora mais escura, a Luz possa surgir em mim e levar-me para tua própria glória e incorruptibilidade.

Ísis sou eu, e da minha vida são alimentadas todas as torrentes e sóis,
todas as luas que crescem e minguam,
todas as estrelas e correntezas,
os vivos e os mortos,
o mistério do prazer e da dor.

Eu sou a Mãe.
Eu sou o mar que fala.
Eu sou a Terra em sua fertilidade.
Vida, morte, amor, ódio, luz, escuridão, voltam à mim, à mim.

Ísis sou eu, e para minha beleza fluem.
Todas as glórias do Universo se curvam, a flor e a montanha e a aurora.
Frutas rosadas e mulheres são criações coroadas.
Eu sou a sacerdotisa, o sacrifício, o santuário.
Eu sou o amor e a vida do Divino.
Vida, morte, amor, ódio, luz, escuridão, certamente são meus, são meus.

Ísis sou eu, o amor e luz da Terra, a riqueza dos beijos, a delícia das lágrimas, o íntimo e o prazer nunca nascidos, o infinito e interminável desejo dos anos.

Eu sou o santuário no qual teu desejo tenaz te devora com fogo intolerável.
Eu sou a música cantada, paixão, morte sobre tua lira, tua lira.
Eu sou o cálice e eu sou a glória agora.
Eu sou a chama e o combustível do teu fôlego.
Eu sou a estrela de Deus sobre tua fronte.
Eu sou a tua rainha arrebatada e possuída.
Das alturas eu dou a estes rios doces as boas vindas ao mar, oceano de amor que te envolverá. Vida, morte, amor, ódio, luz, escuridão, voltam à mim, à mim.

Ouça, Senhora Ísis, e receba minha prece.
A ti, a ti, eu venero e invoco.
Saúdo à ti, mãe única da minha vida.

Eu sou Ísis, mestra de toda a terra.
Eu fui instruída por Hermes, e
com Hermes eu inventei as escritas das nações
a fim de que nem todos pudessem escrever com as mesmas letras.
Eu dei à humanidade suas leis,
e consagrei o que não pode ser alterado.
Eu sou a filha mais velha de Cronos.
Eu sou a esposa e a irmã do rei Osíris.

Eu sou aquela que nasce na estrela do cão.
Eu sou aquela que é chamada de deusa, de mulher.
Eu sou aquela que separou o Céu da terra.
Eu indiquei os caminhos às estrelas.
Eu inventei a arte da navegação.
Eu uni homens e mulheres.
Eu ordenei que os mais velhos fossem amados pelas crianças.
Com meu irmão Osíris eu dei um fim ao canibalismo.
Eu instruí a humanidade nos mistérios.
Eu ensinei reverência às estátuas divinas.
Eu estabeleci os recintos do Templo.
Eu derrubei o jugo dos tiranos.
Eu fiz com que os homens amassem as mulheres.
Eu fiz a justiça mais poderosa do que prata e ouro.
Eu fiz com que a verdade fosse considerada bela.
Venha para mim e prometa-me sua lealdade como eu prometo a minha à você.

Oh mãe Ísis, grande és tu em teu esplendor,
poderoso é teu nome e teu amor não tem limites.
Tu és Ísis, és tudo que sempre foi, e tudo que sempre será,
pois nenhum homem mortal jamais te desvendou.
Em toda a tua graça tu produzistes o Sol, a fruta que nasceu para a redenção do homem.

Oh Ísis, Ísis, Ísis, graciosamente ouça nosso brado à ti,
nós pranteamos por tuas bençãos sobre nós neste dia, todos os dias,
para nutrir, para ajudar e preencher o vazio interior,
que somente você, nossa amada mãe, pode satisfazer.
À ti empenhamos nosso juramento solene de dedicação,
e pelo poder e glória dele, o Um Transcendente, para testemunhar nossa devoção à ti.
Porquanto agora te recebemos em nossos corações,
pedimos que nunca nos deixes,
em tempos de tribulação e regozijo, e mesmo na morte.


Invocação copiada de http://claumitt.multiply.com

13 de Maio - Calendário Mágico

Dia da Festa dos Pretos Velhos - Abolição da Escravatura

PRECE POEMA A “PAI BENEDITO DE ARUANDA”

Ronaldo Linares

Meu bondoso Preto-Velho!
Aqui estou de joelhos, agradecido contrito, aguardando sua benção.
Quantas vezes com a alma ferida, com o coração irado, com a mente entorpecida pela dor da injustiça eu clamava por vingança, e Tu, oculto lá no fundo do meu Eu, com bondade compassiva me sussurravas ESPERANÇA.
Quantas vezes, desejei romper com a humanidade, enfrentar o mal com maldade, olho por olho, dente por dente, e Tu, escondido em minha mente, me dizias simplesmente:
” Sei que fere o coração a maldade e a traição, mas, responder com ofensas, não lhe trará a solução.
Pára, pensa, medita e ofereça-lhe o perdão.
Eu também sofri bastante, eu também fui humilhado, eu também me revoltei, também fui injustiçado.
Das savanas africanas, moço, forte, livre, num instante transformado em escravo acorrentado, nenhuma oportunidade eu tive.
Uma revolta crescente me envolvia intensamente, por que algo me dizia, que eu nunca mais veria minha Aruanda de então, não ouviria a passarada, o bramir dos elefantes, o rugido do leão.
Minha raça de gigantes que tanto orgulho tivera, jazia despedaçada, nua, fria, acorrentada num infecto porão.
Um ódio intenso o meu peito atormentava, por que OIÀ não mandava uma grande tempestade?
Que Xangô com seus raios partisse aquela nave amaldiçoada, que matasse aquela gente, que tão cruel se mostrara, que até minha pobre mãezinha, tão frágil, já tão velhinha, por maldade acorrentara.
E Iemanjá, onde estava que nossa desgraça não via, nossa dor não sentia, o seu peito não sangrava?
Seus ouvidos não ouviam a súplica que eu lhe fazia?
Se Iemanjá ordenasse, o mar se abriria, as ondas nos envolveriam; ao meu povo ela daria a desejada esperança, e aos que nos escravizavam, a necessária vingança.
Porém, nada aconteceu, minha mãezinha não resistiu e morreu; seu corpo ao mar foi lançado, o meu povo amedrontado, no mercado foi vendido, uns pra cá, outros pra lá e, como gado, com ferro em brasa marcado.
Onde é que estava Ogum?
Que aquela gente não vencia, onde estavam as suas armas, as suas lanças de guerra?
Porém, nada acontecia, e a toda parte que olha, somente um coisa via… terra.
Terra que sempre exigia mais de nossos corpos suados, de nossos corpos cansados.
Era a senzala, era o tronco, o gato de sete rabos que nos arrancava o couro, era a lida, era a colheita que para nós era estafa, para o senhor era ouro.
Quantas vezes, depois que o sol se escondia, lá no fundo da senzala, com os mais velhos aprendia, que no nosso destino no fim não seria sempre assim, quantas vezes me disseram que Zambi olhava por mim.
Bem me lembro uma manhã, que o rancor era grande, vi sair da casa grande, a filha do meu patrão.
Ingênua, desprotegida, meu pensamento voou: eis a hora da vingança, vou matar essa criança, vou vingar a minha gente, e se por isso morrer, sei que vou morrer contente.
E a pequena caminhava alegre, despreocupada, vinha em minha direção, como a fera aguarda a caça, eu esperava ansioso, minha hora era chegada.
Eu trazia as mãos suadas, nesse momento odioso, meu coração disparava, vi o tronco, vi o chicote, vi meu povo sofrendo, apodrecendo, morrendo e nada mais vi então.
Correndo como um possesso, agarrei-a por um braço e levantei-a do chão.
Porém, para minha surpresa, mal eu ergui a menina, uma serpente ferina, como se fora o próprio vento, fere o espaço, errando, por minha causa, o seu bote tão fatal; tudo ocorreu tão de repente, tudo foi de forma tal, que ali parado eu ficara, olhando a serpente que sumia no matagal.
Depois, com a criança em meus braços, olhei meus punhos de aço que a deviam matar…
olhei seus lindos olhinhos que insistiam em me fitar.
Fez-me um gesto de carinho, eu estava emocionado, não sabia o que falar, não sabia o que pensar.
Meus pensamentos estavam numa grande confusão, vi a corrente, o tronco, as minhas mãos que vingavam, vi o chicote, a serpente errando o bote… senti um aperto no coração, as minhas mãos calejadas pelo machado, pela enxada, minhas mãos não matariam, não haveria vingança, pois meu Deus não permitira que morresse essa criança.
Assim o tempo passou, de rapaz forte de antes, bem pouca coisa restou, até que um dia chegou e Benedito acabou…
Mas, do outro lado da morte eu encontrei nova vida, mais longa, muito mais forte, mais de amor e de perdão, os sofrimentos de outrora já não importam agora, por que nada foi em vão…
Fomos mártires nessa vida, desta Umbanda tão querida, religião do coração, da paz, do amor, do perdão”.

Pai Ronaldo Antônio Linares, presidente da Federação Umbandista do Grande ABC e responsável pelo Santuário Nacional da Umbanda

12 de Maio - Calendário Mágico


Festival de Shashti

Esta divindade indiana parece-se com Pã e protege as florestas.
Queime um incenso de ervas e jogue suas cinzas no jardim ou no quintal, para simbolizar o encontro do deus com a mãe natureza.
Em gratidão, ele lhe concederá uma boa notícia.

10 de Maio - Calendário Mágico


Dia da deusa Matsu

Deusa chinesa protetora dos que trabalham no mar ou dele tiram seu sustento.
Se não puder estar perto do mar nesse dia, entre em contato com a deusa jogando pétalas de flores em uma bacia com água salgada.

também conhecida como Rainha do Paraíso.
De acordo com a lenda, ela nasceu em 960 (durante a Dinastia Sung) como a sétima filha de Lîm Goan na Ilha Meizhou, Fujian.
Há muitas lendas envolvendo ela e o mar.
Ainda que tenha começado a nadar tarde, com 15 anos, logo virou uma ótima nadadora.
Usava um vestido vermelho para guiar os barcos de pescadores para a costa, mesmo durante tempestades.
Há pelo menos duas versões envolvendo sua morte.
Em uma delas, ela morreu em 987 com 28 anos, quando escalou uma montanha, subiu aos céus e tornou-se uma deusa.
Outra versão da lenda diz que ela morreu de cansaço após nadar muito em busca de seu pai aos 16 anos.
Após sua morte, as famílias de muitos pescadores e marinheiros começaram a rezar em honra de seus atos de bravura tentando salvar aqueles ao mar.
Sua adoração espalhou-se rapidamente.
É representada normalmente usando um vestido vermelho e sentada em um trono.

Festival de Vesak - Lua cheia de maio

Festival de Vesak, também chamado de "Festival do Filho" ou, ainda, "Festival de Buda".
Celebrado na Lua Cheia de Touro, é regido pelo Segundo Raio - Dourado, raio da Iluminação e da Sabedoria.
Vesak é muito celebrado pelos budistas há séculos e já faz parte da tradição espiritual do Oriente para comemorar três acontecimentos importantes na vida de Sidarta Gotama — o Buda.
Na 1ª lua cheia de maio registraram-se seu nascimento, iluminação e morte que traz sua mensagem de paz universal para a raça humana.
A partir do momento que recorremos à Buda e sua Iluminação, somos instantâneamente arremessados ao mais profundo conhecimento e insight que surgiu nele na noite de sua Iluminação.
Isto coincidiu com três eventos importantes que aconteceram em três períodos de uma noite. Durante o primeiro turno, quando sua mente estava clara e purificada, surgiram conhecimento e insight.
Ele viu suas vidas anteriores, primeiro uma, depois duas, três, até cinco, depois elas se multiplicaram; 10, 20, 50.
E depois 100, 1000 e continuaram... .
Assim que ele continuou em sua prática, durante o segundo turno da noite, ele viu como os seres morriam e renasciam, dependendo de seus karmas, como eles desapareciam e reapareciam de uma forma para outra, de um lugar de existência para outro.
Depois, durante o último turno da noite ele viu o surgimento e a cessação de todos os fenômenos, mentais e físicos.
Ele viu como as coisas surgiam dependentes das causas e das condições.
Isto o levou a perceber o surgimento e a cessação do sofrimento e todas as formas de insatisfação que pavimentavam o caminho para a erradicação de todas as manchas de avidez.
E com a completa cessação dos desejos, sua mente estava completamente liberada.
Ele atingiu a Iluminação completa.
A realização alvoreceu nele juntamente com todos os poderes psíquicos.
A sabedoria e a luz que irradiaram sob a histórica árvore Bodhi em Buddha Gaya, distrito de Bihar no Norte da Índia, a mais de 2500 anos atrás, é de grande significado para o destino da humanidade.
Ela iluminou o caminho pelo qual a humanidade deve atravessar, de um mundo de superstições, ou ódio e medo, para um mundo novo de luz, de amor verdadeiro e felicidade.

Esse festival acontece no plano da Quarta Dimensão sobre o Nepal, na Ásia Central - a localização de Shamballa, o coração espiritual da Terra, onde brilha intensamente a Chama Trina Planetária.
No momento exato do plenilúnio, Buda ( O Senhor do Mundo) se manifesta na Quarta Esfera, que é o nível mais próximo que um ser de sua magnitude consegue aproximar-se da Terra de Terceira Dimensão.
Aproveitando a proximidade de todos os Mestres Ascensos que irradiam seus raios sobre a humanidade nesta data, é importante conectar-se a essa egrégora de Amor.

Visualize, partindo dessa maravilhosa Lua cheia,
- Raios Azuis emanados por Mestre El Morya, trazendo Proteção, Poder e Coragem.
Em seguida envolva-se no Raio Dourado de Mestre Lanto, que oferece Discernimento e Sabedoria.
- Mestra Rowena expandindo o seu centro de força cardíaco e nos inunda com o Raio Rosa do Amor Incondicional
Na sequência, Mestre Seraphis Bey transmite a todos o Raio Branco da Ascensão Material e Espiritual, a Beleza, a Harmonia e a Paz
Mestre Hilarion com toda a sua concentração, nos banha com o Raio Verde da Cura, Verdade e Justiça
Mestra Nada, vibrando, envolve a humanidade com o Raio Rubi-Dourado, transmissor de Fé, Esperança e Lealdade
E finalizando esse momento tão abençoado, Mestre Saint Germain envolve a todos na Chama Violeta de Transmutação, da purificação, Liberdade e Prosperidade.

Simbolismo da Rosa


A ROSA COMO SÍMBOLO DO DESEJO ESPIRITUAL DE REALIZAÇÃO DO EU:

A jornada interior pode ser simbolizada pelo desenvolvimento da Rosa na Cruz.
A Rosa é considerada como um dos símbolos desse processo de mudança, isto é, dessa transformação alquímica.
Mas outros símbolos do EU podem ser referidos: o diamante, a flor de lótus,a criança interior, a esfera dourada, a luz branca, etc.
São símbolos maravilhosos.
Eles não querem dizer que se seja um Realizado.
Devem ser tomados como um desejo de ir mais longe.
É uma nova volta na espiral evolutiva.
Analogamente não podemos dizer que uma experiência de Despertar,como uma visão mística, não é o despertar.
É só uma experiência,um encorajamento para a Senda.

A ROSA COMO SÍMBOLO DO "SABER DAR" E "SABER RECEBER"
A Rosa pode ser tomada como um símbolo de Harmonização entre o"saber dar" e o "saber receber".
Esse equilíbrio resulta do movimento entre esses dois componentes:
entre o exterior(saber dar) e o interior (saber receber).
No "saber receber" está subjacente uma energia feminina, que representa a nossa parte mais intuitiva.
Escusado será dizer que tanto para o Homem como para a Mulher as duas energias masculina e feminina fazem parte do nosso psíquico.
No "saber dar" está subjacente a energia masculina, e representa a nossa capacidade de ação no mundo físico.
É esta energia que permite o agir: tem uma função emissiva.
De um modo simples podemos dizer que o Processo Criativo se traduz assim:
O aspecto feminino recebe a energia Criadora Universal.
O aspecto masculino exprime-a no mundo, pela ação.
Reparemos na correspondência simbólica da Rosa com este duplo movimento:
"Saber dar" e "saber receber".
A Rosa possui um núcleo central de onde emanam pétalas(movimento de irradiação), ao mesmo tempo que se reunem em torno deste ponto central (movimento de recepção).
Por um lado as energias vindas do exterior, que passam pelas diferentes pétalas e que são reunidas no centro da Rosa, representam o "saber receber", do exterior para o interior - fenómeno da Interiorização.
Por outro lado as energias que partem do interior, do centro da Rosa, e se difundem através das pétalas, irradiando-se para o exterior, representam o nosso "saber dar", do interior para o exterior- fenômeno da Exteriorização.
Tudo isto é válido para qualquer grupo.
Tudo isto representa ao mesmo tempo a concentração interior e a união com o mundo exterior. Mas. aprofundemos mais estes conceitos do"saber receber" e do "saber dar".

O" SABER RECEBER"

Nem toda a gente sabe estar em receptividade.
Geralmente "reagimos" como doentes de "receber" e muitas são as situações em que temos receio de receber.
Receber presentes, palavras agradáveis, elogios, sinais de amor, são coisas que geralmente as pessoas não conseguem aceitar, tal a visão severa que tem si.
Mas receber é também receber as opiniões diferentes, as proposições novas e até perturbadoras. A maioria das pessoas funciona numa atitude defensiva.
Poucos estão abertos às diferenças, o que explica em parte os problemas da nossa Sociedade ,que se caracteriza por uma enorme intolerância.
A falta de Tolerância é um medo ancestral: UM BLOQUEIO DA ENERGIA DO RECEBER.

O "SABER DAR"

Mas também podemos estar doentes do "saber dar".
Assim como a Rosa pode receber a luz e o calor do Sol sem reservas, do mesmo modo esta Rosa pode dar o seu perfume, a sua irradiação, desinteressadamente , e sem ficar privada do que quer que seja.
Há prazer no "saber dar", mas esse prazer não é calculado, nem tão pouco corresponde a uma estratégia.
O "saber dar" revela uma Forma de Amor.
O "dever" nada tem a ver com o Amor.
Prazer de dar, como ter prazer em receber e vice-versa.
E isto pode ser feito naturalmente.
Isto é: com flexibilidade.
O " saber dar" e o "saber receber" devem ser dois movimentos flexíveis.
Mas este "saber dar" e "saber receber" , o florir da rosa ,



A imagem da Rosa, símbolo da abertura do coração, indica ao Buscador quão importante é para o homem saber amar, a todos os níveis, sendo o Amor Cósmico o mais elevado.
Saber Amar abre muitas portas.
O centro cardíaco é um dos 7 centros psíquicos maiores.
As qualidades psíquicas correspondentes aos centros psíquicos deverão despertar progressivamente, o que quer dizer que esse despertar se deve fazer de forma harmoniosa, na exata medida em que se realiza a evolução espiritual.
Este desenvolvimento harmonioso deverá ser tal que a energia possa fluir normalmente de baixo para cima e de cima para baixo.
O centro cardíaco ocupa um lugar interessante no plano dos 7 centros psíquicos.
De cima para baixo ele é o 4º centro;
de baixo para cima é também o 4º centro.
A sua localização a meio, confere-lhe um papel especial, pois a ABERTURA DO CORAÇÃO favorece o desenvolvimento dos outros 3 centros superiores e tem ao mesmo tempo uma acção aquietadora e harmonizadora sobre os 3 centros inferiores.
São estes 3 centros inferiores que estão exacerbados na nossa Sociedade de hiperconsumismo e de hiperaglomeração emocional.

A ABERTURA DO CORAÇÃO DESENVOLVE O DESEJO ESPIRITUAL DE SE TER UMA RELAÇÃO MAIS ÍNTIMA COM A ALMA.

Assim permite ao Homem que ele compreenda melhor a natureza do Amor.
Quanto mais adentramos na Luz Cósmica mais somos iluminados no interior do nosso Ser, e mais desejamos ajudar os outros e compartilhar com eles essas bases de compreensão, de conhecimento e de revelação mística,que integramos em nós.
Quanto mais essa Comunhão Cósmica se dá, mais podemos amar (sem esforço) naturalmente os outros.
A Abertura do Coração, a Rosa que aos poucos se vai abrindo, ensina-nos a Bondade Interior. Este desenvolvimento pelo fato de estar carregado de Amor, vai muito além do desenvolvimento intelectual.
escrito por Maria Azenha 2003, março, Lisboa

A rosa é a flor de maior simbolismo na cultura ocidental.
A Rosa é uma flor consagrada a muitas deusas da mitologia.
Símbolo de Afrodite e de Vênus (deusa grega e romana do amor).
O cristianismo adotou a Rosa como o símbolo de Maria.
De acordo com o mito grego, Afrodite quando nasceu das espumas do mar, tal espuma tomou forma de uma rosa branca, assim a rosa branca representa a pureza e a inocência.

Conta o mito que quando Afrodite viu Adônis ferido, pairando sobre a morte, a deusa foi socorrê-lo e se picou num espinho e seu sangue coloriu as rosas que lhe eram consagradas. Assim, na Antigüidade as rosas passaram a ser colocadas sobre os túmulos, sendo uma cerimônia chamada pelos antigos de “Rosália”.
Todos os anos no mês de maio enfeitam-se os túmulos com rosas.

A Rosa vermelha significa o ápice da paixão, o sangue e a carne.
Para os romanos as rosas eram uma criação da Flora (deusa da primavera e das flores), quando uma das ninfas da deusa morreu, Flora a transformou em flor e pediu ajuda para os outros deuses.
Apolo deu a vida, Bacus o néctar, Pomona o fruto, as abelhas se atraíram pela flor e quando Cupido atirou suas flechas para espantá-las, se transformaram em espinhos e, assim, segundo o mito diz ter sido criada a Rosa.

A Rosa é, igualmente, consagrada a Isís que é retratada com uma coroa de rosas.
O miolo da Rosa, fechado, fez com que a flor significasse em muitas culturas o símbolo do segredo.

Um costume medieval era de colocar uma Rosa no teto da sala de reuniões indicando que onde houvesse a flor no teto, os assuntos deveriam ser mantidos em segredo.
Logo surgiu o costume de pintar rosas no teto das salas e assim levou a decoração de muitas casas de arquitetura clássica.

Segundo a tradição, cada cor de Rosa tem um significado, já na Alquimia representa o feminino e corresponde ao órgão sexual da mulher.

Na tradição Hindu, a deusa Lakshmi (deusa do amor), nasceu de uma Rosa.
Simbolismo da beleza e da pureza, perfeição em todos os sentidos, na Idade Média a Rosa passou a ser símbolo da virgem Maria por significado de pureza.
As rosáceas das catedrais góticas foram dedicadas a Maria como emblema do feminino em oposição à cruz.
Os rosários originais eram feitos com pétalas de rosa.
A palavra “rosário” deriva do latim “rosarium” que significa roseiral.

Inúmeros são os mitos sobre a Rosa, em geral tem o significado do amor, seja espiritual, carnal, virginal.
Símbolo da pureza a rosa possui suas propriedades não só simbolicamente, mas é aproveitada na medicina, para perfumes, culinária, entre outros atributos.
A Rosa tornou-se simbolismo do amor e, por isso, muitas pessoas têm o hábito de presentear quem ama com a flor do amor.

escrito por Por Letícia de Castro

Na simbologia chinesa, a rosa está associada à juventude, por seu frescor e suavidade.

Entre diversos povos da Europa foi atribuída à rosa dignidade real, significando recuperação, generosidade.

SIMBOLOGIA E CURIOSIDADES SOBRE A ROSA

O nome vem do latim rosa e do grego rhodon.
As rosas estão entre as flores mais antigas a serem cultivadas.
A primeira parece ter crescido nos jardins asiáticos há 5000 anos.
Na sua forma selvagem, a flor é ainda mais antiga.
Fósseis dessas rosas datam de há 35 milhões de anos.
Muitas variedades de rosas foram perdidas durante a queda do império romano e a invasão mulçumana na Europa.
Após a conquista da Pérsia no séc. VII, os mulçumanos desenvolveram o gosto pelas rosas e, à medida que seu império se estendia da Índia à Espanha, muitas variedades de rosas foram novamente introduzidas na Europa.
Durante a idade média, as rosas eram muito cultivadas nos mosteiros.
Era regra que pelo menos um monge fosse especialista em botânica e estivesse familiarizado com as virtudes medicinais da rosa e das flores em geral.
Sheakespeare, em Romeu e Julieta, com uma única frase, definiu bem aquilo que sentimos por esta flor: “aquilo que chamamos de rosa, com outro nome, seria igualmente doce”.

As propriedades medicinais das rosas são várias.
A rosa vermelha, por exemplo, é usada na afecção da garganta e boca, também na atonia digestiva e diarréia.
A rosa branca é usada na prisão de ventre infantil e, também, em inflamação dos olhos. Geralmente se faz infusão das folhas e pétalas.

Existem muitos mitos, lendas e curiosidades em relação com as rosas.
A mitologia grega, conta uma história de que Afrodite deu uma rosa ao seu filho Eros, o Deus do amor.
A rosa tornou-se um símbolo de amor e desejo.
Eros deu a rosa à Harpócrates, o Deus do silêncio, para induzir a não falar sobre as indiscrições amorosas de sua mãe.
Assim, a rosa se tornou também um símbolo do silêncio e do segredo.

Os romanos acreditavam que, ao decorar seus túmulos com rosas, apaziguariam os Manes (espíritos dos mortos) e os ricos incluíam em seus testamentos, que jardins inteiros de rosas fossem mantidos para fornecerem flores para suas sepulturas.

Nero era louco por rosas. Durante generosos jantares, pétalas de rosas choviam do teto para o banquete.

Os romanos tinham suas próprias idéias sobre a origem da flor.
De acordo com sua lenda, muitos pretendentes foram escolhidos para casar com uma bela mulher chamada Rodanthe, mas ela não se interessou por nenhum.
Estes homens estavam tão cheios de amor e desejo que se tornaram violentos e invadiram a casa de Rodanthe.
Este episódio enfureceu a Deusa Diana, que transformou a mulher em uma flor e os pretendentes em espinhos.

A rosa é usada em várias simbologias.
Talvez a mais famosa seja dos Rosacruzes.
A regeneração universal e o segredo da imortalidade, constituíam a preocupação máxima dos alquimistas ligados à fraternidade dos Rosacruzes.
Com a justaposição da rosa na intersecção dos ramos da cruz, simbolizavam eles, como se entendeu das inscrições hieroglíficas encontradas no grande triângulo descoberto no templo de Benares, a junção dos dois sexos, que levava, afinal, ao segredo da imortalidade.
A rosa era o gracioso emblema de mulher, a imagem da discrição e, portanto o símbolo do silêncio; enquanto a cruz significava a virilidade do sol, pois era a junção que forma a eclíptica com o equador, com os pontos em “Picies” e “Áries” e outro no centro da Virgem.
Dessa união resultaria a regeneração universal, ponto mais alto da doutrina secreta e de partida para a imortalidade.
Neste aspecto, a rosa também significa ressurreição.

A flor da rosa possui, também, a tripla conotação de amor, segredo e fragrância.
Tudo isso reunido daria a fragrância de uma vida santa.
Caso dirigido à virgem da rosa mística.

As rosas assumem significados diversos de acordo com as cores que suas pétalas apresentam. Mas a roseira é uma planta tão emblemática, que até mesmo suas folhas possuem o significado de esperança.
A rosa vermelha significa amor, porém num ramalhete junto com rosas brancas, assume o significado de unidade.
As rosas brancas possuem o significado de inocência e pureza, reverência e humildade ou de segredo e silêncio.
A amarela significa satisfação e alegria.
A rosa cor de rosa significa graça e gentileza.
A cor de laranja significa entusiasmo e desejo.

Talvez a rosa, seja a flor mais enigmática e simbólica de toda a botânica.
Agora, quando você der ou receber rosas, já saberá que, antes de qualquer simbologia, está aí uma grande prova de amor.
Os descendentes de Madalena e Jesus são em última análise, descendentes dos Reis David e Salomão, responsáveis pela estrela de seis pontas, que nada mais é, do que a união do sagrado feminino (o receptáculo) com o sagrado masculino (o doador): O Cálice e a espada, o Céu e a Terra.
O Símbolo da rosa está ligado à figura de Maria Madalena:
“A Rosa Rugosa de cinco pétalas”, que se encontra encravado, esculpido e pintado em todo Templo antigo com referências a ela...
Seria mais uma coincidência ou uma referência ao Pentagrama Divino?
A Rosa Rugosa, é a mais antiga espécie de rosa, que contém cinco pétalas e simetria pentagonal. A rosa também sempre teve forte ligação com a tomada de rumo certo:
A “Rosa dos Ventos” das bússolas a mostrar as direções;
as “Linhas Rosadas”, que são as linhas longitudinais dos mapas.
Também está ligada à idéia de feminilidade da estrela Vênus, que é conhecida como estrela-guia (estrela que indicou o local do nascimento de Jesus) e detentora do poder feminino.
A rosa tem inúmeros significados na simbologia cristã -
indica o sangue derramado e as chagas de Cristo,
simbolizando também a taça que recolheu o sangue sagrado e, devido a essa relação simbólica com o sangue de Cristo, ela é ao mesmo tempo um símbolo do renascimento místico.
Visto ser a rosa na Idade Média um atributo das virgens, ela é também um símbolo da Virgem Maria, e de maneira geral simboliza o amor divino.
"A iconografia eclesiástica tornou a rosa, "a rainha das flores", símbolo da rainha celeste, Maria(...)"(BIEDERMANN, 1994, p. 330).
No forro da Igreja do Sagrado Coração de Jesus de Petrópolis, as rosas estilizadas que contornam os medalhões são atributos claros de Nossa Senhora, mas, também fazem uma alusão nítida às chagas de Cristo por meio de seus cinco espinhos bem definidos.

Rosas: o secretismo (sub rosa), e, de certa forma, um símbolo pagão, ligado muitas vezes a segredos escondidos da igreja durante a Idade Média.
A cada cor está associado um significado diferente, alguns desses significados estão listados em baixo:
Rosas Amarelas: amor por alguém que está a morrer ou um amor platônico, a Deusa em sua face Anciã (Sabedoria)
Rosas Brancas: reverência, segredo, inocência, pureza e paz, a Deusa em sua face virginal (Donzela)
Rosas Champanhe: admiração, simpatia
Rosas Coloridas em tons claros: amizade e solidariedade
Rosas Coloridas, predominando as vermelhas: amor, paixão e felicidade
Rosas Cor-de-rosa: gratidão, agradecimento, o feminino (muitas vezes aparece simbolizando o útero (da mulher) em algumas culturas, como o gineceu está para a cultura ocidental - ver cor-de-rosa)
Rosas Vermelhas: paixão, amor, respeito, adoração, a Deusa em sua face Mãe
Rosas Vermelhas com Amarelas: felicidade
Rosas Vermelhas com Brancas: harmonia, unidade