Dia 21 de Abril - Festival da deusa egípcia Hathor

Rainha do céu, da Terra e da Lua, criadora primordial, mãe de todas as divindades.
Manifestada sob sete aspectos, as sete Hathor eram associadas aos sete planetas e consideradas as protetoras das mulheres, do casamento, da família, das artes, do amor, da música e da astrologia. Eram elas que davam às pessoas as sete almas (ou corpos) ao nascer. Hathor foi reverenciada ora como mãe ou filha do Sol, com cabeça de vaca ou leoa, ora como mulher, adornada com os chifres lunares, ora como árvore da vida, a senhora do céu e também do mundo subterrâneo, mãe da vida e da morte. Em seu aspecto escuro como Rainha dos Mortos, Hathor aparecia como a Esfinge, a deusa Hathor Sakhmis ou Sekhmet, a deusa com cabeça de leão. Hathor foi venerada em Israel, em seu templo de Hazor, até 1100 a.C, quando seu templo foi destruído e seu culto proibido.
Hathor era a deusa da alegria, da maternidade e do amor.
Ela era considerada a protetora das mulheres grávidas e parteira.
Era a patrona de todas as mulheres, não importando sua posição social.
Como deusa da música e da dança o seu símbolo era o sistro. Como uma deusa da fertilidade e da umidade, Hathor foi associada com a inundação do Nilo. Nesse aspecto, ela foi associada com a estrela Sothis-Dog, cujo ascensão acima do horizonte anunciava a inundação anual do Nilo.
Na lenda de Ra e Hathor, ela é chamada de "Olho de Ra". Quando os cultos de Osiris ganharam popularidade, seu papel mudou.
Ela recepcionou a chegada do falecido no submundo, pois fornecia água para as almas dos mortos a partir dos ramos de um sicômoro e oferecia-lhes comida.
Hathor também era representada como uma vaca leiteira que alimentava a alma dos mortos, dando-lhes o sustento durante: a sua mumificação, a sua viagem para o julgamento até a sua pesagem (balança do bem e do mal praticado).
Em épocas remotas as mulheres mortas eram identificadas com Hathor, e os homens com Osiris.

A sua representação como forma de vaca, também pode advir da concepção egípcia que encarava o céu como o ventre imenso de uma Deusa com essa forma e cujos quatro pilares de sustentação, os quatros cantos do Universo, eram as suas patas. 
Realizou-se assim, um sincretismo entre a sua concepção como Deusa do Céu e a representação como vaca, tendo, sob esta forma, assimilando as características de outras divindades veneradas em diversos pontos do Egito precisamente como vacas. 
A vaca era um animal considerado símbolo da maternidade. 
Sob esse aspecto, era também figurada amamentando o faraó, em vida e depois da morte.

Representações: Hathor foi originalmente adorada sob a forma de uma vaca, por vezes, como uma vaca com estrelas sobre ela.

Mais tarde, ela foi representada como uma mulher com acabeça de uma vaca, e finalmente com uma cabeça humana, o rosto largo e sereno, às vezes ela é representada com as orelhas ou chifres de uma vaca.
Ela também é mostrada com um penteado parecido com um par de chifres com o disco lunar entre eles.
Às vezes, ela está representada com a forma de uma vaca em um barco, rodeado por altos juncos de papiro.
Como a "Senhora das Necropolis", ela é mostrada com a cabeça de uma vaca saindo de uma montanha.
Neste caso, ela usa um colar - o menat -  que eram largos e pesados colares feitos com pérolas ou contas coloridas de cerâmica, pedra dura ou metal precioso, montadas em semicírculo formando um grande crescente.
A borda externa podia ou não ser guarnecida por pingentes.
Eram dotados de longos contrapesos, os quais equilibravam seu peso considerável quando eram colocados no dorso do portador.
Ao serem agitados nas festividades produziam o ruído característico do choque das miçangas.
Esse som transmitia vida e poder, tornava as jovens mulheres fecundas, mas também favorecia o renascimento espiritual do ser no além-túmulo.
É com esse objetivo que a deusa Hátor oferece um destes colares ao faraó Seti I (c. 1306 a 1290 a.C.).
Esse colar simbolizava prazer e júbilo, tanto do ponto de vista da fertilidade, quanto da perspectiva da satisfação sexual.
As suas fileiras de contas e o contrapeso de aparência fálica parecem combinar os princípios feminino e masculino em ação.
Ele evocava a união de Ísis e Osíris na criação de Hórus e ao ser oferecido aos mortos, o instrumento permitia a revitalização deles no outro mundo.

Relações: filha de Nut e Ra . Esposa de Ra, mãe de Ihy.
Muitas lendas retratam-na como a mãe de Horus, o Velho.
Outras como a esposa de Hórus de Edfu, cujo fruto dessa união foi Hórus.

textos pesquisados em:
http://www.sagrado-feminino.blogspot.com/2009/05/sacerdotisa-de-hator.html
http://www.teiadethea.org/

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