Em Roma, Larentália, a celebração de Acca Laurentia, Larunda ou Lara, a mãe dos lares.
Comemorava-se também o retorno da luz, após a noite mais escura do ano.
Akka era uma deusa ancestral da Anatólia, chamada de “A Avó Parteira” que ajudou o nascimento dos deuses.
Há ainda uma deusa com atributos similares, Akna, na América Central e também Mader-akka, a Mãe Divina dos lapões.
Acca Laurentia era considerada a parteira divina de Romulus e Remus, os fundadores de Roma, tendo tirado-os do Rio Tibre, onde flutuavam abandonados em um cesto.
Foi desta maneira (também) que Akka, a deusa da Anatólia, salvou o herói Sargon.
Na Grécia, comemoração de Sêmele e Dionísio.
Sêmele era a deusa grega do amor e da sexualidade, amante de Zeus e mãe do deus Dionísio.
Na tradição celta, o “dia branco”, sem nenhuma regência de árvore, ou letra de do alfabeto Oghan.
Este dia chamava-se “O segredo da pedra que não foi talhada”, simbolizando o potencial oculto existente em todas as coisas.
Dia dos Bobos, na Europa antiga, quando o bobo da cidade era coroado como rei e o verdadeiro rei simulava uma morte temporária para renascer depois.
Celebração do dia de Hathor, no Egito, com a noite das Lanternas marcando o sepultamento final de Osíris.
Um pouco mais sobre Sêmele:
A mortal Sêmele era filha de Cadmo (rei de Tebas) e Harmonia.
O romance de Júpiter e Sêmele dá nascimento a Dionísio.
Descoberta mais uma traição de Zeus, a sua enciumada esposa Hera disfarçou-se de Beroe (ama da princesa) e a convence de que deveria pedir uma prova de que seu amante era realmente Zeus.
Ela dirigiu-se ao amante e ele prometeu que qualquer coisa que ela pedisse lhe seria atendido.
Porém ela, como mortal, selou seu destino quando pediu ao seu amante, caso ele fosse o verdadeiro Zeus, que viesse ter com ela vestido em todo seu esplendor, tal como andaria no Olimpo.
Como era um juramento divino, Zeus lançou-se ao alto, juntou as névoas obedientes e as nuvens de tempestade, relâmpagos, ventos e trovões, e o corpo mortal de Sêmele não foi capaz de suportar todo aquela carga de energia celestial e ela foi queimada até as cinzas. Seu bebê, ainda incompleto, saiu do útero de sua mãe, e alojou-se na coxa de seu pai, até que se completasse a sua gestação e depois o pai enviou o bebê para ser criado pelas ninfas.
copiado de
Sêmele. (Dionísio feito nas coxas).
Sêmele apaixonou-se por Zeus (sempre é uma roubada).
Pediu ao amado que se mostrasse por inteiro, com seu verdadeiro rosto, em todo o seu esplendor.
Ele relutou, mas ela foi insistente, queria ver a divindade que era seu amor.
Sêmele estava grávida, como quase todas as deusas do Olimpo quando fazem alguma besteira.
Zeus atendeu o seu pedido e mostrou-se sem disfarces.
Divino, maravilhoso.
Um verdadeiro Deus olímpico, envolto em luz radiante.
Sêmele morreu fulminada na hora.
Não resistiu a tanta beleza.
Zeus, então, retirou do seu ventre Dioníso, colocando-o em sua coxa, onde terminou a geração.
Mais tarde Dionísio buscou Sêmele nos infernos, retirando-a de lá, promovendo a sua aceitação no Olimpo sob a condição de deusa.
Mais tarde Dionísio buscou Sêmele nos infernos, retirando-a de lá, promovendo a sua aceitação no Olimpo sob a condição de deusa.
O feto, o futuro Dioniso, foi salvo por um gesto dramático do pai, que o implantou na própria coxa.
Uma vez reconhecido como um dos imortais, Dioniso desceu ao Hades e de lá arrancou o eídolon de sua mãe.
Ressuscitada, Sêmele escalou o Olimpo, onde recebeu o nome de Tione.
copiado de Se eu quiser falar com Zeus
abaixo, texto de Luna e amigos
Apesar de toda sua sabedoria e bondade, teve o Rei Cadmo uma vida que estava longe de ser feliz. Casou-se com Hermíone (ou Harmonia), a bela filha de Ares, deus da guerra, e de Afrodite, deusa da beleza e do amor. Afrodite era filha de Zeus. Hera, sua esposa, tinha profundos ciúmes da deusa do amor, não e e não perdia nenhuma oportunidade de causar desgraças e desastres aos protegidos de Afrodite. Assim é que quando Cadmo se casou com Hermíone atraiu a inimizade e a ira da mais poderosa deusa do Olimpo.
Cadmo e Hermíone tinham quatro filhas, que se tornaram, ao crescerem, tão belas quanto sua linda e semidivina mãe.
Seus nomes eram Semele, Agave, Autonoe e Ino, e, também elas, tiveram que sofrer a hostilidade da deusa Hera desde o momento em que vieram ao mundo.
Semele era tão linda que Zeus por ela se apaixonou, e renunciou à sua majestade para visitá-la sob a forma de um belo rapaz. Hera, naturalmente, não o ignorava, e arquitetou contra Semele terrível vingança , pois tinha dupla razão para odiá-la. Tomou a forma e a voz de Beroe, uma das aias de Semele e disse-lhe:
- Esse homem que jura ser o grande e divino Zeus pode estar tentando enganá-la. Não parece ser mais do que um simples mortal. Como sabe você que ele é verdadeiramente um deus?
- Ele é mais belo do que qualquer homem deste mundo, respondeu Semele.
- Isto nada prova. A próxima vez que ele lhe disser que é Zeus, peça-lhe para jurar pelo Estige (pois é esse um juramento que nem mesmo os próprios deuses podem quebrar) que está disposto a lhe dar seja o que for que você pedir. Depois de ter jurado, (e ele o fará com certeza) ordene-lhe que se apresente aos seus olhos com todo o poder e a majestade de sua natureza divina, como quando ocupa o trono do Olimpo.
Na primeira vez em que veio Zeus fazer a corte a Semele, ela fê-lo jurar pelo Estige que lhe daria qualquer coisa que ela pedisse. Depois de haver ele jurado:
- Apresente-se a, mim, disse ela, com todo o poder e a majestade de sua natureza, divina, tal qual ela se manifesta quando você se senta em seu trono do Olimpo.
- Se o fizesse, disse-lhe Zeus, seus olhos mortais seriam cegados pela minha glória e seu corpo reduzir-se-ia a cinzas. Peça-me qualquer outra coisa, querida, mas não aquilo que inevitavelmente causaria a sua morte.
Semele pensou que ele estivesse apenas arranjando desculpas e que não passava, afinal, de um simples mortal. Respondeu então que nada, a não ser o que pedia, a poderia satisfazer. Obrigou-se Zeus a satisfazer a sua vontade, já que estava ligado pela promessa que fizera, e que nem mesmo os deuses podem abjurar.
Na noite seguinte, enquanto Semele espreitava-o de sua janela, ouviu ela o ribombar de um trovão e viu a luz ofuscante de um relâmpago fender a abóbada celeste. Aproximava-se a tempestade à medida, que Zeus descia do Olimpo com todo o seu esplendor, num carro, que era uma nuvem tempestuosa. Semele ficou ofuscada, ensurdecida e arrependida de sua temeridade. Fugiu de casa com os olhos cerrados e tapando os ouvidos. A atmosfera estava incandescente. Ouviam-se estrondos ensurdecedores enquanto as árvores eram fulminadas e despedaçadas por uma chuva de chispas elétricas. Ao mesmo tempo uma voz retumbante, profunda e majestosa bradou nos céus, ecoando no flanco das colinas:
- Eu sou Zeus, pai dos deuses e dos homens. Olhe para minha face, Semele, e morra!
Semele abriu os olhos e soltou um grito de espanto. Em sua frente estava Zeus, o soberano dos céus, em todo o seu poderio e esplendor. Durante um momento ela o encarou. Depois, seus olhos foram cegados pela sua luz resplandecente. Foi seu corpo consumido pelas chamas de seus raios e, num instante, transformou-se ela num monte de cinzas.
Porém, salvou-se o filho que ela devia dar a Zeus pois seu pai o guardou em sua coxa até o dia de seu nascimento. Veio a chamar-se Dionísio (*Baco para os romanos*).
Por essa forma vingou-se Hera de seu marido Zeus - que amara a Semele tão apaixonadamente a ponto de lhe dar uma coroa de sete estrêlas, que ainda podemos contemplar no céu - vingando-se também da neta de Afrodite, a quem ela tanto detestava.
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