Berchta (Bertha, Frau Berchte, Perchta) – “A Senhora Branca”
Nas lendas da Alemanha, Áustria e Suíça encontra-se descrições dessa antiga Deusa que, junto com sua irmã gêmea Holda, foi ridicularizada como a caricatura da bruxa malvada que voava sobre uma vassoura.
Enquanto o mito e os atributos de Holda foram preservados em todos os detalhes, Berchta ficou conhecida apenas como a “Mulher Elfo” ou a “Senhora Branca”, que flutuava sobre os campos, coberta com seu manto cinzento de neblina.
Berchta era uma deusa da fertilidade, dos campos, das mulheres, do gado, cujo nome significava “brilhante”. Regia os arados, a tecelagem, a fiação, os fusos e as rodas de fiar. Assim como Holda, Berchta também regia o tempo e trazia a névoa e a neve.
Era representada como uma mulher velha e desleixada, com cabelos bracos desgrenhados, coberta por um manto branco.
Berchta era uma deusa da fertilidade, dos campos, das mulheres, do gado, cujo nome significava “brilhante”. Regia os arados, a tecelagem, a fiação, os fusos e as rodas de fiar. Assim como Holda, Berchta também regia o tempo e trazia a névoa e a neve.
Era representada como uma mulher velha e desleixada, com cabelos bracos desgrenhados, coberta por um manto branco.
Seu rosto enrugado, seus olhos se um azul vivo, sendo ora gentil, ora raivosa, quando punia as tecelãs preguiçosas, arranhando-as ou espetando-as com seu fuso.
Berchta regia os “doze dias brancos” que se iniciavam na “noite da Mãe”, em 20 de dezembro, e se encerravam em 31 de dezembro, comemorando com panquecas, leite e mel.
Berchta regia os “doze dias brancos” que se iniciavam na “noite da Mãe”, em 20 de dezembro, e se encerravam em 31 de dezembro, comemorando com panquecas, leite e mel.
Após a cristianização, esse período de repouso e comemoração foi alterado; seu início mudou para a noite e seu final, para a véspera da Epifania (5 de janeiro).
Nesse período, ela percorria o mundo em uma carruagem puxada por um bode, sendo proibido o uso de qualquer veículo com rodas ou movimentos giratórios.
Acreditava-se que, quando penteava os cabelos, o Sol brilhava e, quano sacudia os travesseiros, a neve cobria a terra.
Em seu aspecto de “Senhora Branca”, Berchta protegia as almas das crianças não-nascidas, que, à espera de renascimento, ajudavam-na a cuidar dos brotos das lavouras e dos jardins, regando-os.
Em seu aspecto de “Senhora Branca”, Berchta protegia as almas das crianças não-nascidas, que, à espera de renascimento, ajudavam-na a cuidar dos brotos das lavouras e dos jardins, regando-os.
Assim como Holda, Berchta pode ser invocada em rituais para aumentar a fertilidade (vegetal, animal ou humana), para melhorar as condições do tempo, no momento do plantio ou da coljeita e para abençoar qualquer atividae artesanal que utilize lã, linho ou fios.
Alguns autores consideram Berchta a precursora do arquétipo de Papai Noel (versão cristã da lenda , de Odin e das experiências xamânicas).
Ela representava a face escura da Anciã, do inverno e dos medos que as pessoas sentiam.
Mas, ao mesmo tempo, sua comemoração, no solstício de inverno, mostra que ela também trazia na sacola as promessas do aumento da luz e do renascimento da Natureza, mostrando-se uma Mãe Antiga dadivosa.
Elementos: ar, terra, vento, neve.
Animais totêmicos: ganso, aranha, urso, cabra, bode, gado.
Cores: branco, dourado, amarelo.
Ávores: sabugueiro, pinheiro prateado.
Plantas: alfineiro, linho, snow-drop (”pingo-de-neve”, a primeira planta que brota na primavera), quenopódio.
Pedras: calcita, colomita, celestita, astéria (”pedra-estrela”).
Metais: prata, estanho.
Datas de celebração: 11, 20 e 30/12; 5/01.
Símbolos: roda de fiar, fuso, carruagem, berço, travesseiros de penas, fios, pente, vassoura de galhos, sacola, lã, linho, leite, mel, panquecas.
Runas: Peorth, Eihwaz, Berkna, Erda.
Rituais: de fertilidade, para abençoar o plantio e agradecer a colheita; para orientar, inspirar e abençoar os trabalhos de tecelagem e as atividades artesanais com lã, linho ou fios; para melhorar o tempo; para purificar (casas, objetos, pessoas, animais).
Palavra-chave: zelo.
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