26 de Agosto - Calendário Mágico


DIA DE ILMATAR OU LONNOTAR (FINLÂNDIA)

Dia em que se celebra a igualdade feminina.
Esta é a deusa Criadora do Mundo.
Dizem que engravidou do vento e vagou três séculos pelo ar por não ter um lugar em terra firme para dar à luz.
Em homenagem a ela e a seu sacrifício acenda uma vela branca sobre um pouco de terra.
Este ato lhe trará mais força para vencer seus obstáculos.

  Ilmatar ou Luonatar, a deusa finlandesa da água, grande mãe criadora que organizou o caos e criou a Terra.
Filha virgem do ar e da natureza, Ilmatar possuia imensos poderes criativos, sendo também conhecida como a Mãe dos Céus e a Mãe d´Água. 
Segundo a lenda, ela engravidou com o sopro do vento, mas custou a dar à luz porque não existia a Terra. 
Com seu poder mágico ela criou, com cascas de ovos, o Sol, a Lua, a Terra e as nuvens. Seu filho Vainamoineim foi um grande feiticeiro e mago, inventor da cítara.
 
Quando precisar de ajuda da deusa Ilmatar para conceber uma criança ou melhorar sua criatividade, crie um altar com ovos e flores. 
Acenda uma vela vermelha e queime incenso de rosas ou uma vela amarela e incenso de canela. 
Projete-se mentalmente para um lago tranquilo, navegando ao lado da deusa. 
Faça seu pedido e ouça sua orientação, agradecendo-lhe sua sabedoria e seu amor.

texto copiado de de Teia de Thea



Ilmatar, a princípio, vivia no céu e durante muito tempo permaneceu em absoluta castidade, pois tinha a sorte de habitar os planos celestes.
Chegou certo dia, que Ilmatar se aborreceu com a vida que estava levando, sempre vagando só pelo espaço e decidiu então, visitar um outro mundo.
Desceu ao mar e flutuou nas ondas gigantes do oceano.
Enquanto ela se divertia na água, um golpe de ar que veio do Oriente agitou seu corpo e desencadeou uma tormenta.
Em poucos instantes, o mar se viu coberto de espumas e ondas gigantescas se elevavam ao céu.
O vento a desejava e ondas serviram para transportar a Deusa virgem por imensos vales do oceano.
Conta-se que o vento conseguindo seu intento, penetrou em seu corpo e a engravidou.
A virgem, entretanto, foi obrigada a permanecer no balanço das ondas por sete séculos, impossibilitada de dar à luz porque não havia terra firme.
A pobre Ilmatar, nadava para Oeste, depois para Leste, Norte e Sul, mas não encontrava nenhum ponto seguro, para que seu filho divino pudesse vir ao mundo.
Ela orava constantemente ao deus Ukko, o maior dos deuses, para que a ajudasse, dizendo:

-Oh poderoso Ukko, deus supremo!
Tu, que sustentas os firmamento, vem em minha ajuda, eu te suplico.
Livra-me destas dores que me consomem.
Venha salvar-me, do contrário morrerei!

Ukko escutou suas preces e se compadeceu dela.
Em meio a tempestade que sacudia o mar, 

um clarão abriu-se e surgiu uma bela pata, voava pelo ar cansada, 
como se buscasse um lugar seguro para fazer seu ninho, construir sua casa, 
para que pudesse assim, dar continuidade a sua espécie.

A Deusa, observava o vôo e pensava para onde iria se dirigir.
A pata então voou mais baixo e Ilmatar ofereceu seu joelho para que pudesse construir seu ninho.
A ave agradeceu e sob os cuidados e a proteção da Deusa, 

colocou oito ovos.

Os sete primeiros eram de ouro e o último de ferro.
Sem fazer distinção a pata cobriu todos eles com seu corpo.
Mas, era tanto o calor, que a Deusa, sentia arder sua pele virginal.
Temendo queimar-se, Ilmatar submergiu nas profundezas das águas.


Foi então, que os ovos da pata caíram ao mar.
Ao tocar a superfície fria da água, se romperam em pedaços 

e se transformaram em mil coisas úteis.
A metade da casca de um ovo, formou a base da terra 

e a outra metade o firmamento que contemplamos.
A gema, passou a ser o Sol que ilumina nosso Universo 

e a clara converte-se na Lua prateada. 
O ovo de ferro não se partiu, 
mas transformou-se em uma estrondosa nuvem negra de tempestade.

Ilmatar agora, finalmente pode levantar-se das águas 

e iniciar a criação do mundo.
Onde pousava sua mão algo se criava 

e a cada movimento gerou tudo que existe na terra.

Todo este trabalho levou trinta anos 

e seu filho Vainamoinen ainda não havia nascido, 
sendo assim, o ser humano não existia.
O futuro homem ainda sonhava dentro do ventre de sua mãe.


Um certo dia, entretanto, 

sua vida iniciou-se em uma pequena morada 
onde o brilho da Lua jamais chegava 
e o Sol nunca lançava seus raios.

Sozinho e triste, dizia:
- Oh Lua, Oh Sol, acuda-me e guia-me para fora desta escuridão, 

tira-me deste claustro estreito e leva-me para a Terra, 
pois o filho do homem aspira conhecer o dia!
Quero ver a Lua no céu, 

quero sentir o calor do Sol, 
quero conhecer todas as estrelas!

Mas a Lua não veio em sua ajuda 

e o Sol nem tomou conhecimento de sua existência.

Foi ele mesmo que conseguiu libertar-se de seu cárcere, 

empurrando a porta com um de seus pés.
Mas quando conseguiu sair, 

caiu entre as ondas do mar e lá permaneceu por trinta e um anos, 
a mercê das correntes marinhas.
Quando conseguiu alcançar a terra, esta era árida e seca.
Feliz, sentou-se, para contemplar a Lua, 

aquecer-se nos auríferos raios do Sol 
e  buscar a Ursa Maior, para conhecer todas as estrelas.
Foi assim que nasceu Vainamoinen (deus da música),

o primeiro homem.
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A mitologia da Finlândia é matriarcal e Ilmatar é considerada a Mãe Criadora e a Deusa do vento e da água.
Ela é também conhecida como Luonnotar, Filha da Natureza.
Ilmatar é uma Deusa amável e é muito popular entre todos os povos de Kalevalan.
Foi ela também que gerou o primeiro ser humano, Vainamoinen, gerado da união do vento e da água.
Foi ele que inventou a cítara e era um músico tão soberbo que suas melodias dominavam os animais selvagens.


A Deusa Ilmatar chega até nossas vidas para nos dizer que mesmo nos tornando adultos, a nossa criança interior, sempre permanecerá criança.
Portanto, não importa a idade que hoje temos, pois sempre conservaremos a alegria infantil que a vida nos proporcional.
Mas não se trata de lembranças e sim de sentir a qualidade essencial das crianças.
Na criança interior encontramos o "mar da plenitude", onde ainda estamos ligados, pelo cordão umbilical celeste à nossa Mãe primordial.
 

Todas as mulheres do mundo que alcançaram sucesso, via de regra, são "filhas do pai" e estão bem adaptadas à sociedade orientada pelo masculino, mas para tanto, tiveram de sacrificar seus próprios instintos femininos.
O retorno à Deusa é a reconexão com o "si mesma", o arquétipo da totalidade e o centro regulador da nossa personalidade.


"Sou quem Sou", esta é a questão!

Cair nas águas frias do "mar da plenitude" da Deusa Ilmatar é a única forma de acordar a força e a paixão do feminino que está há milênios adormecida dentro de nós.

A Deusa Ilmatar pode ser invocada para melhorar a nossa criatividade e quando há dificuldade para concepção.


copiado do site: http://
sagrado-feminino.blogspot.com

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