24 de setembro - Festas de Osíris e celebração de Odudua


O mito de Osíris
«Foi Osíris quem trouxe a dávida da civilização do mundo, na aurora da história. Antes de Osíris, os homens eram canibais; Osíris ensinou-os a cultivar campo, a pescar no mar e muito mais coisas; Osíris - os primeiros templos em que se adoraram os deuses, as primeiras cidades e leis (...) Osíris governava a terra e todos os homens o adoravam. No entanto, precisamente devido á sua bondade, incorreu na inveja de Set, o irmão malévolo, que congeminou um estratagema para o destruir. Set construiu um cofre magnífico e, no decurso de um banquete entre os deuses, prometeu-o àquele cujo corpo melhor se lhe ajustasse. Quando Osíris se deitou dentro do cofre, Set tapou-o, selou-o com chumbo derretido e lançou-o ao Nilo.
Ísis, irmã e esposa dedicada de Osíris, seguiu o cofre e recuperou-o. Quando o abriu, Osíris estava morto. Porém, recorrendo às suas artes mágicas, Ísis tornou a carne de Osíris incorruptível e restituiu-o à vida. Osíris poderia ter-se apoderado do trono, mas preferiu retirar-se deste mundo para o Reino dos Mortos, onde acolhe as almas dos justos.»
Steven Saylor, A Sentença de César, Lisboa, Quetzal Ed.,

TExto acima copiado do site: sol.sapo.pt/blogs/Medeia

Osíris foi venerado desde uma época muito antiga, principiando por encarnar um deus da fertilidade, relacionado com o milho, com o ciclo do seu enterramento como semente, o seu tempo de repouso debaixo da terra, a sua germinação e, finalmente, o seu retorno à vida.
Era sua, portanto, a incumbência de propiciar aos egípcios uma boa colheita, sendo também responsável pela inundação do Nilo.
Abidos, cidade onde se centralizou o seu culto, celebrado num dos maiores santuários egípcios, em cujo interior jazia a cabeça do deus da morte. Era de fato naquela cidade que viria a tornar-se a capital da oitava província do Alto Egipto, que decorria o festival anual de Osíris, ao longo do qual a barca do deus era levada em procissão e a vitória de Osíris sobre os seus inimigos celebrada.

Festa de Osíris, no Egito, acontecia há aproximadamente seis mil anos atrás, onde o evento marcava o recuo das águas do Nilo, onde eles semeavam o trigo. Comemorava-se a sua morte e renascimento com danças, músicas alegres e pessoas mascaradas.
Os egípcios, então, fantasiavam-se e apresentavam diversas oferendas ao deus Osíris, para que ele proporcionasse uma boa colheita.

Dia de Nossa Senhora da Misericórdia, na Igreja Católica, antiga celebração de Odudua, a fonte criadora do panteão ioruba, dia sagrado no culto da Santeria.

Odudua, a Mãe Terra dos iorubas, rege a Terra, a natureza, o amor, a fertilidade e a sexualidade.

Sua cor é o preto, representando a terra, a matéria e “tudo o que está embaixo”.
Ela é a consorte de Obatalá ou Orishala, o Rei do Pano Branco, que representa o princípio masculino, o espírito, o céu e “tudo o que está em cima”.

Seus altares eram representados por duas cabaças, uma preta virada para cima e outra branca virada para baixo.
Alguns escritores e pesquisadores consideram Odudua como um ser masculino, sendo Yemanjá a consorte de Obatalá. Mas o mito verdadeiro é uma adaptação de uma tradição muito antiga de Dahomey, a do casal divino construído por Mawu (a deusa da Terra, da Lua e da noite) e Lisa (o deus do Sol e do dia).

texto copiado de Teia de Thea

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