Dia 25 de setembro - Pyanopsia

As Pyanopsias, ou festas das sementeiras, eram realizadas na Antiga Grécia em honra do grande deus olímpico Apolo e das deusas das 4 estações, conhecidas como Horas, quando se oferecia um banquete de feijões, de favas e vários outros legumes, misturados com farinha de trigo.

Depois levavam em procissão um ramo de oliveira envolvido em lã e carregado de frutos da primeira safra, o que consideravam um talismã de fertilidade.

Nessas festas de significado estritamente religioso, havia concursos que possibilitavam o exercício da excelência, o que os gregos chamavam de areté, em várias atividades: atlética, lírica, musical, dramática (tragédia ou comédia).

Até a beleza física era motivo de competição nos concursos de beleza, tanto entre mulheres como entre homens. Os prêmios eram simbólicos, do ponto de vista material: a grande recompensa do vitorioso era receber honras de herói.

CONHECENDO APOLO, O DEUS DA LUZ:

De todas as divindades do Olimpo, nenhuma recebeu tantas honras na Grécia antiga quanto o deus Apolo.

Filho de Zeus (Júpiter) e Leto (Latona), o deus passou a ser, através dos tempos, a principal divindade cultuada pela civilização helênica.

Aos poucos, várias funções foram atribuídas a ele, fazendo com que adquirisse várias faces.

Considerado a última geração dos deuses olímpicos, assume importância equiparada as do pai, Zeus, senhor dos deuses, tornando-se mais cultuado do que os tios, Poseidon (Netuno), rei dos mares, e Hades (Plutão), senhor dos infernos.

Considerado o deus da luz, Apolo, aos poucos roubou as funções de Hélios (Sol), minando o culto àquele d

eus.

Na Grécia antiga a luz era tida como essencial para o desenvolvimento da civilização.
Era através dela que se clareava a escuridão da Terra e do homem.
Ao dominar a luz, Apolo garantia as colheitas agrícolas, e ao iluminar a mente humana, tirava os homens das trevas da ignorância, fazendo-o triunfante diante das artes, da medicina e da filosofia.
Sem a luz de Apolo, a Grécia estaria morta, perpetuada nas trevas.
Apolo era quem protegia a existência do homem dos fenômenos naturais que conduziam a formação de uma sociedade que sobrevivia do campo, da pecuária e do mar.
Quando a civilização grega desenvolveu-se, gerando núcleos urbanos avançados, mergulhados na política e na filosofia, também Apol o adquiriu novas funções, deixando as primitivas para tornar-se protetor das artes, da medicina, da música e da poesia.
Através de Apolo, os deuses adquirem um rosto humano.
O deus passa a representar a beleza e a obsessão grega em atingir a perfeição.
Apolo passa a ser a imagem da beleza pretendida, infinitamente perseguida nas inúmeras estátuas que se lhe são atribuídas.
Torna-se o símbolo da vitória do belo sobre o feio, do erudito sobre o vulgar, da filosofia sobre a ignorância, da luz sobre as trevas.
Conduzindo um carro puxado por cavalos presenteados por Hélios, o Sol, Apolo navega o céu, trazendo a luz aos homens.
Ao lado das suas súditas, as Musas, inspira aos poetas e aos artistas, ensina aos homens a arte da medicina e, simboliza a harmonia da beleza perfeita, a essência do ideal grego.


Deusas Horas

As Horas eram guardiãs da ordem natural, do ciclo anual de crescimento da vegetação e das estações, regendo ainda os ciclos do clima.
As Horas nasceram da união entre Zeus e Themis (Ordem).
Ela deu à luz a três Horas, às quais foi confiada a defesa dos Portões do Céu e do Olimpico.

Essas três Estações receberam os nomes de:
Eunômia (sabedoria da legislação),
Dike (Justiça) e
Irene/Eirene (paz),
sendo descritas como jovens donzelas de cabelos adoráveis, diademas de ouro e passos leves, trazendo nas mãos os produtos de várias estações: um ramo em flor, uma espiga de trigo e um ramo de videira.
Os gregos consideravam apenas a Primavera, o Outono e o Verão como estações, sendo o Inverno um período de repouso e morte.

As Horas costumavam ser associadas com as divindades vinculadas com o crescimento da vegetação.
A maioria do povo grego honrava as Horas como deidades da ordem, propriedade e moralidade na vida dos homens.

Eunômia era especialmente honrada pelo Senado uma vez que ela lidava primariamente com a vida política e com a elaboração de leis.

Dike relatava diretamente a seu pai Zeus qualquer injustiça causada a qualquer humano.

Irene era homenageada com canções e festividades, era também considerada a mãe de Plutão, o deus da riqueza, que acompanhava Dionisio.

Quando os gregos dividiram o dia em doze partes iguais, o número delas foi aumentando para doze e foram chamadas de "as doze irmãs":
Dike,
Irene,
Eunômia,
Talo,
Carpo,
Acme,
Auxo,
Anatole,
Dysis,
Euporia,
Gymnasia,
Diceia.

Eram, a princípio, representadas coroadas com folhas de palmeiras, depois, nos tempos modernos, com asas de borboletas e segurando ampulhetas ou relógios.
Todavia, sua primeira manifestação foi como uma deusa tríplice cujos atributos produziam a harmonia e a paz entre as energias primais polarizadas que impeliam os ciclos das estações.

Seu domínio de influência também se estendia à alma humana, onde geravam uma harmonia semelhante entre as forças em conflito da psique humana.

Dike, a qual, como implica seu nome, buscava encorajar uma relação justa entre as polaridades, ficou tão preocupada com a constante disposição guerreira da humanidade que mais tarde afastou-se da esfera humana.
Foi viver nas montanhas à espera de um clima mais pacífico e justos nos assuntos da humanidade.
Entretanto, com a passagem do tempo, as coisas parecem ter piorado.
Por fim, Dike, perdendo as esperanças na humanidade, retirou-se da Terra e subiu aos céus, tornando-se a constelação de Virgem.

Os atenienses ofereciam-lhes as primícias dos frutos de cada estação.

As Horas são as Deusas do "momento certo", a quem encontramos sempre que tentamos de modo consciente produzir alguma coisa no mundo por meio da inspiração e das energias interiores.
Por vezes descobrimos que não estamos em harmonia com as Estações, ou não estamos no momento propício para efetuarmos ou criarmos algo.
Costumam surgir dificuldades a partir da expressão "fora de hora" desse aspecto em nós. Sentimos como estivéssemos remando contra a maré.
Contudo, parece não haver, em um outro momento, uma tal oposição à expressão e, com efeito, até conseguimos ajuda de alguma fonte interior.
Estamos no momento certo e, nesse sentido, as Horas estão conosco.
Se estivermos em harmonia com elas, contaremos com sua ajuda e apoio.

Texto pesquisado e desenvolvido por Rosane Volpatto copiado do site:http://www.rosanevolpatto.trd.br/deusahoras.htm.

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