18 DE AGOSTO




Início da auto-imolação do deus nórdico Odin.
Como sacrifício para conseguir alcançar a verdadeira sabedoria das runas, Odin ficou pendurado durante nove dias e nove noites em Yggdrasil, a Árvore do Mundo.


No País de Gales, festival druídico Eisteddfod.
Druídas vestidos com túnicas azuis, verdes e brancas, segundo seu grau iniciático, conduziam a multidão em procissão para os círculos de menires, recitando orações.
Depois de várias apresentações musicais, poéticas e artísticas, os vencedores recebiam prêmios, o título de “bardo” e um cordão azul, atestando seu conhecimento público.

Festival chinês dos Fantasmas Famintos, quando eram feitas oferendas aos espíritos dos mortos.

Aproveite a egregóra desse dia e leia a respeito desse antigo e sagrado oráculo: as runas.

Freyja foi a deusa que ensinou a Odin o uso sagrado das runas;
peça-lhes conselhos e orientação em seu aprendizado e crescimento espiritual.
Escolha uma runa e medite a respeito de seu significado e mensagem.
Reverencie Odin em seu “aspecto escuro” de condutor de almas participando de um culto aos antepassados ou homenageando seus ancestrais.

texto copiado de http://www.teiadethea.org/?q=node/96


 Odin:  O Guardião das Runas

:: Miriam Carvalho :: (copiado de http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=824)

A gênese dos Nórdicos é relatada nos poemas irlandeses no século IX, o Edda poético. 
Odin é o protetor dos exércitos, dos mortos em batalha, da magia, dos magos e dos andarilhos.

Antes de atingir o grau de divindade possuía uma tropa de guerreiros-sacerdotes. 

Eram chamados de Camisa de Urso ou Pele de Lobo, tinham treinamento xamanistico e usavam cogumelos alucinógenos que alteravam o estado de consciência.
Eram homens enormes com barbas e cabelos longos, vestidos com pele de urso ou de lobo, atadas ao corpo por enormes cinturões. 

Usavam grandes elmos adornados por chifres. 
Conta a lenda que o poderoso Odin desejou ser o conhecedor dos mistérios mágicos, para tanto, entregou-se a um ritual de sacrifício, ficando pendurado na arvore do mundo, Yggdrasil, de cabeça para baixo, ferido por sua própria lança, durante 9 dias e 9 noites, com fome e sede.

Ao término desse período avistou os caracteres runicos no chão e os recolheu. 

Não satisfeito pediu permissão para beber água na "Fonte do Conhecimento" do Gigante Mimir, não hesitando em entregar em pagamento um de seus olhos.

Odin era ajudado por 2 corvos: 

HUGIN (Espírito e Razão), e MUNIN (Memória e Entendimento) que se posicionavam em seus ombros depois de percorrer o mundo durante o dia na busca de novidades para o Grande Deus.
Havia também 2 lobos que ficavam de guarda a seus pés e que se alimentavam de toda carne, inclusive humana, que era ofertada aos Deuses.
Possuia um cavalo lendário, SLEIPNIR, com 8 patas, que se locomovia rapidamente pelos céus entre a esfera humana e divina.
Sua lança GUNGNIR, presente dos mágicos anões ferreiros, só se detinha após atingir o alvo.
Sentado em um trono onde podia avistar o mundo inteiro, ficava em companhia dos mais valorosos guerreiros mortos em campos de batalha, recolhidos no minuto derradeiro pelas Walkirias (doze virgens aladas com plumas de cisne).
Esse exército espiritual do bem se mantinha alerta para entrar em ação por ocasião do Crepúsculo dos Deuses - RAGNAROKK - APOCALIPSE - contra as forças do mal, combate onde a destruição total imperaria, surgindo uma nova raça, passando do planeta de expiação para o planeta de regeneração.
Há autores que defendem a hipótese de um Odin-homem, chefe de uma tribo asiática de conhecimento xamanistico que teria emigrado para a Escandinávia e lá instalado uma religião primitiva, baseada no código secreto de mensagens mágicas.
Esse homem após sua morte teria sido elevado à categoria de divindade local, sendo seu culto difundido pelos sacerdotes Druidas. 


Invocação a Odin

 "Grande Odin, 
possuidor das Runas Secretas, 
guia minhas mãos e pensamentos 
para que minhas respostas sejam obtidas com verdade e correção. 

Em nome de Thor, Fregg e Baldur 
peço toda intuição e sensibilidade necessárias 
para realizar esta grande obra. 

Invoco neste momento as Nornes, fiandeiras e dispersoras do destino, 
para que me permitindo acesso à sala das Rocas de Yggdrasill, 
possa eu adentrá-la, percorrê-la e encontrar a placa rúnica 
onde está gravada Urd, Werdanki e Skuld. 

Invoco ainda a sabedoria de Mimir, 
para que, me permitindo sorver o líquido da fonte do conhecimento, 
possa eu também dominar o segredo das runas.

A ti, senhor Odin, 
toda honra e toda glória, 
agora e para sempre". 

copiado de : http://sustentaculoparaaalma.blogspot.com/2011/01/invocacao-odin-runas.html







E WOTAN DIZ:
"EU SEI QUE FIQUEI DEPENDURADO NOVE LONGAS NOITES
NA ÀRVORE, GELADA PELOS VENTOS DO NORTE. 
PELA LANÇA FERIDO, 
NO SACRIFÍCIO DE WOTAN.EM MIM MESMO, EM SÍ MESMO.
NA SOBERBA ÁRVORE, DA QUAL OS HOMENS NADA SABEM,
NEM DE QUE RAÍZ BROTOU.
NÃO ME FOI OFERECIDO ALIMENTO, 
NEM HIDROMEL NO CHIFRE,PARA CONSOLAR-ME.
PARA BAIXO VIGIAVA MEU OLHO,
QUEIXANDO-ME LANCEI AS RUNAS.
ENTÃO CAÍ POR TERRA.
NOVE CANTOS APRENDI DO GUERREIRO, 
O GUERREIRO DA BESTLA, O FILHO DE BÖLTHORN.
DO MAIS NOBRE LIQUIDOBEBÍ UM GOLE.
E A FLORECER COMECEI,
TAMBÉM A MADURAR.
SÁBIO CHEGUEI A SER.
A PALAVRA ME GUIAVA,
DE PALAVRA EM PALAVRA.
A OBRA, DE OBRA EM OBRA".
 

As Runas de Odin

Estela Rúnar As Runas eram conhecidas como uma forma de escrita, que servia tanto para a comunicação como para fins mágicos.
Geralmente, inscritas em pedras num alfabeto antigo, com letras características, eram utilizadas pelos antigos povos germânicas e pelos próprios vikings, como uma arte divinatória, nos encanamentos e em talismãs rúnicos.

"Em todas as suas variedades, as runas podem ser consideradas como uma antiga forma de escrita da Europa do Norte.
A versão escandinava que também é conhecida como 'Futhark', derivado das suas primeiras seis letras: 'F', 'U' 'Th', 'A', 'R', e 'K'), e a versão anglo-saxônica conhecida como Futhorc (o nome também tem origem nas primeiras letras deste alfabeto).

As inscrições rúnicas mais antigas datam de cerca do ano 150, e o alfabeto foi substituído pelo alfabeto latino com a cristianização, por volta do século VI na Europa Central e no século XI, na Escandinávia.

Runemal era a arte do uso de alfabetos rúnicos para obter respostas, como um oráculo, instrumento usado pelos iniciados nesta arte para buscar o autoconhecimento." (Fonte: Wikipédia)

Canto Rúnico a Odin - Edda

"Encontrarás nas runas,
Símbolos mágicos,
Bons, fortes e poderosos,
Como assim os quis o Senhor da Magia,
Como os fizeram os Deuses propícios,
Como os gravou o Príncipe dos Sábios." 

As Runas são símbolos que nos remetem ao mais profundo autoconhecimento da nossa própria natureza, traduzindo, através da sua grafia, toda ancestralidade e a sabedoria do grande Deus nórdico, Odin.
Segundo consta, Odin ficou pendurado na Yggdrasil - a Árvore da Vida - durante nove dias e nove noites, sem água e nem comida, além de ser ferido pela própria lança, levando-o ao mundo dos mortos através de uma jornada xamânica e de onde retornou vitorioso, trazendo consigo a sabedoria das runas.

"Sei que fiquei pendurado,
Na Árvore fustigada pelo vento,
Por nove dias e nove noites,
Eu fui espetado por uma lança
Entregue a mim mesmo...
Não me ajudaram
Dando-me de comer ou beber.
Olhei para baixo, apanhei as runas,
Gritando, eu as apanhei e então, caí."

A palavra "runa" significa "sagrado", "segredo" ou "mistério", na língua germânica, vivificada através da tradição runemal.
As Runas eram usadas, também, como talismãs para à proteção.
Há vários registros arqueológicos da sua utilização entalhadas em armas, batentes de portas, copos e chifres que eram usados como cálices.

O 'futhark' antigo, com 24 sinais alfabéticos, ainda é o mais utilizados entre nós para se consultar na forma oracular.
As runas são divididas em três grupos de oito símbolos, chamadas aett ou aettir, no plural, e nodes". 

1. A Criação - Aett de Fehu:

O primeiro jogo de 8 Runas representam a criação do mundo, a fertilidade e início da vida.
Regido pelo Deus Freyr, diz respeito à realização material e ao plano físico.

Fehu (Fêihu) - O gado, a riqueza
Posição normal: riquezas materiais e espirituais, sucesso e vitória.
Invertida: Frustrações, impasses e perda de estima pessoal.

Uruz (Úruz) - O touro bravo, a força Posição normal: Boa sorte, amadurecimento e progresso numa carreira.
Invertida: Oportunidades perdidas, influências negativas e desânimo.

Thurisaz (Thurisáz) - Os espinhos  Posição normal: Proteção de Thor, decisão importante a tomar e boas notícias.
Invertida: Decisões precipitadas, cautela e más notícias.

Ansuz (Änsuz) - Palavras de Odin Posição normal: Sabedoria, conselho dado por uma pessoa mais velha.
Invertida: Falta de comunicação, futilidade e movimento inútil.

Raidho (Raithô) - A carruagem Posição normal: Viagem, união e progressos em direção às metas da vida.
Invertida: Rompimentos, fracassos e viagens desagradáveis.

Kenaz (Kenaz) - A tocha Posição normal: Renovação, novos começos e iluminação.
Invertida: Perda de prestígio social ou de posses valiosas, fim de um ciclo.

Gebo (Gueibo) - O presente Posição normal: União, equilíbrio, bons negócios e amor correspondido.
Invertida: Não tem posição invertida.

Wunjo (Uúnjo) - A alegria Posição normal: Felicidade, bem estar e transformação para melhor.
Invertida: Infelicidade emocional, crises e perdas afetivas.

2. A Necessidade - Aett de Hagal:

O segundo Aett de 8 Runas, ensina-nos a aprender com as adversidades da vida.
Regido pelas forças da natureza e dos elementais, diz respeito ao plano emocional.

Hagalaz (Hagalaz) - O granizo Posição normal: Precauções, limitações e adiamento dos planos.
Invertida: Essa Runa não tem posição invertida. Símbolo enigmático. 

Naudhiz (Nauthis) - A necessidade Posição normal: Paciência e cautela para que os planos sejam bem-sucedidos.
Invertida: Evite a precipitação, controle a raiva e aprenda com a adversidade. Dependendo do material estudado não há posição invertida.

Isa (Ísa) - O gelo
Posição normal: Período de gestação, saber esperar o momento oportuno.
Invertida: Essa Runa não tem posição invertida.

Jera (Jéra) - A colheita do ano
Posição normal: Período de espera, fertilidade, alegria e satisfação.
Invertida: Essa Runa não tem posição invertida.

Eihwaz (Éiuaz) - O teixo
Posição normal: Proteção, final de um ciclo e começo de uma nova vida.
Invertida: Essa Runa não tem posição invertida.

Perdhro (Perthro) - Algo oculto
Posição normal: Ganhos inesperados, conhecimentos ocultos e espiritual.
Invertida: Desapontamentos, traições e paciência.

Algiz (Algiz) - A proteção do alce
Posição normal: Viagem, novos caminhos, alegria e progresso.
Invertida: Inquietação, vulnerabilidade e perigos vindo de fora.

Sowelo (Souelú) - O SolPosição normal: Auto-realização, regeneração e vitória.
Invertida: Essa Runa não tem posição invertida.

3. A Humanidade - Aett de Tyr:

O terceiro Aett de 8 Runas, nos mostra como conduzir a nossa vida.
Regido pelo Deus Tyr, invoca a justiça e diz respeito à realização do plano espiritual.

Tiwaz (Tiuás) - O Deus TyrPosição normal: Vitórias, discernimento, intuição e poderes psíquicos.
Invertida: Problemas emocionais e força vital sendo desperdiçada.

Berkana (Bercana) - O vidoeiroPosição normal: Nascimento de um bebê ou nova idéia e amadurecimento.
Invertida: Confusão. Desânimo, separações e carências.

Ehwaz (Éuaz) - O cavalo
Posição normal: Movimento, mudanças, progresso e lealdade.
Invertida: Saber esperar, evitar ação e mudanças.

Mannaz (Mánaz) - O homem Posição normal: Integração, confiança e clareza interior.
Invertida: Falta de fé, bloqueios e inimigos ocultos.

Laguz (Lagús) - A águaPosição normal: Fluidez das emoções, intuição e poderes psíquicos.
Invertida: Pensamentos confusos, enganos e fracassos.

Ingwaz (Inguáz) - A Deusa Freya
Posição normal: Realização de um sonho, nascimento, amor e sexualidade.
Invertida: Essa Runa não tem posição invertida.

Dagaz (Dagaz) - O dia
Posição normal: Prosperidade, mudanças e transformações positivas.
Invertida: Essa Runa não tem posição invertida.

Othila (Ocíla) - A herança
Posição normal: Sabedoria ancestral, propriedade, heranças e notícias de longe.
Invertida: Problemas com propriedade e heranças.


Nossas escolhas estão baseadas na fé, na vontade e na ação.
Somos fruto do passado (Urd), caminhantes do presente (Verdandi), escrito no pergaminho secreto do futuro (Skuld).

Somos os responsáveis pela magia de fazermos nossa vida melhor.
Abençoados pelas "Norns", as Senhoras do Destino, que tecem cada novo fio de energia que emitimos.
Particularmente, não trabalho com as runas invertidas e nem com a runa branca.
Mas, essa é uma prática pessoal podendo ou não ser seguida.
Bênçãos plenas dos Antigos!

Leia no Diário de Avalon, artigo sobre talismãs rúnicos, em: Símbolos Rúnicos
Rowena Arnehoy Seneween ®
 
Referência bibliográfica:
A Magia das Runas - Ruth e Beatriz Adler
Hilda R. Ellis Davidson - Deuses e Mitos do Norte da Europa


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