Celebração de várias deusas das águas em vários lugares da África:
Abenawa
e Aberewa, protetora da pesca em Gana;
Afreketé, protetora do mar em
Dahomey;
Agiri, protetora dos rios em Benin;
Harrakoi Dikko, a Mãe
d´Água em Benim;
Mukasa, protetora da pesca e Nagodya, protetora dos
lagos em Uganda;
Nummo, a Mãe d´Água primordial em Mali;
Oxum, deusa da
água e da sexualidade;
Obá, deusa do rio e do amor e
Yemanjá, a Mãe
Universal, Senhora das Águas na Nigéria.
As últimas três deusas foram
sincretizadas nos cultos afro-brasileiros e relacionadas a santas
católicas ou a manifestações da Virgem Maria.
OXUM (Trono Feminino do Amor)
Oxum é o Trono irradiador do Amor Divino e da Concepção da
Vida em todos os sentidos.
Como “Mãe da Concepção” ela estimula a união matrimonial, e
como Trono Mineral ela favorece a conquista da riqueza espiritual e a abundância
material.
A Orixá Oxum é o
Trono Regente do pólo magnético irradiante da linha do Amor e atua na vida dos
seres estimulando em cada um os sentimentos de amor, fraternidade e união.
Seu elemento é o mineral e, junto com Oxumaré, forma toda uma linha vertical
cujas vibrações, magnetismo e irradiações planetárias multidimensionais atuam
sobre os seres e os estimula os sentimentos de amor e acelera a união e a
concepção.
Na Coroa Divina, a Orixá Oxum e o Orixá Oxumaré surgem a partir da projeção do
Trono do Amor, que é o regente do sentido do Amor.
Oxum assume os mistérios relacionados à concepção de vidas porque o seu
elemento mineral atua nos seres estimulando a união e a concepção.
Todos devem saber que a água é o melhor condutor das energias minerais e
cristalinas.
Por esta sua qualidade única,
surgem diversos tipos de água, sendo que a água “doce” dos rios é a melhor rede
de distribuição de energias minerais que temos na face da Terra.
E o mar é o melhor irradiador de
energias cristalinas.
Saibam que a energia irradiada pelo mar é cristalina e a energia irradiada
pelos rios é mineral.
A energia mineral está presente em
todos os seres e também em todos os vegetais.
E por isto Oxum também está
presente na linha do Conhecimento, pois sua energia cria a “atração” entre as
células vegetais carregadas de elementos minerais.
Já em nível mental, a atuação pelo
conhecimento é uma irradiação carregada de essências minerais ou de sentimento
típicos de Oxum, a concepção em si mesma.
Saibam que a Ciência dos Orixás é tão vasta quanto divina, e está na raiz do
todo o saber, na origem de todas as criações divinas e na natureza de todos os
seres.
Se conseguirem estas duas coisas,
temos certeza que daí por diante entenderão porque a rosa vermelha é usada como
presente pelos namorados e a rosa branca é usada é usada pelos filhos quando
presenteiam suas mães. Ou porque se oferece rosas vermelhas para oferendar
pomba-gira, rosas brancas para Yemanjá e rosas amarelas para oferendar Oxum, ou
rosas “cor de rosa” para as crianças (Erês).
Saibam que, se todas são rosas, no entanto, os pigmentos que as distinguem são
os condutores de “minerais” e de energias minerais.
Para um leigo, todas são rosas.
Mas para um conhecedor, cada rosa é
um mistério em si mesma.
E o mesmo acontece com cada cor,
certo?
Logo, o mesmo acontece com cada Orixá Intermediário, que são mistérios dos
Orixás Maiores.
Saibam também que todo jardim com muitas roseiras é irradiador de essências
minerais que tornam o ambiente um catalisador natural das irradiações de amor
da divindade planetária que, amorosamente, chamamos de Mamãe Oxum.
Uma muda de roseira cresce, floresce, embeleza e vivifica o santuário natural
dessas nossas mães do Amor.
Texto de
Rubens Saraceni
Deusa do amor, protetora das crianças,
rainha das águas doces, e das cachoeiras.
Elemento e Força da natureza correspondente a Oxum é a força da cachoeira.
Dia da Semana: todos os dias de 0hs às 6:00 hs, porém seu dia de maior vibração
é o Sábado.
Chacra atuante: frontal
Planeta regente: Lua - no quarto de cheia
Nota musical: lá
Cor vibratória: azul (céu)
Cor representativa: azul (céu) - (roupas, etc.)
Cor da guia (colar): azul e branco
Saudação: Ai-ê-eu (olha eu)
Negativo: Dona Maria Padilha
Amalá: moqueca de peixe e pirão (feito com a cabeça do peixe)
Otí: água mineral
Comando da falange de Oxum: Cabocla Jupissiara
Local de entregas: cachoeiras
Representação no ponto riscado: coração ou cachoeira
OBá
Orixá do rio
Níger.
Orixá, embora feminina, temida, forte,
energética, considerada mais forte que muitos Orixás masculinos, vencendo na
luta, Oxalá, Xangô e Orumilá.
Obá é irmã de Iansã, foi esposa de Ogum e, posteriormente,
terceira e mais velha mulher de Xangô. Bastante conhecida pelo fato de ter
seguido um conselho de Oxum e decepado a própria orelha para preparar um
ensopado para o marido na esperança de que isto iria fazê-lo mais apaixonado
por ela. Quando manifestada, esconde o defeito com a mão. Seus símbolos são uma
espada e um escudo.
Tudo relacionado a Obá é envolto em um clima de mistérios,
e poucos são os que entendem seus atos aqui no Brasil. Certas pessoas a cultuam
como se fosse um Xangô fêmea.
Obá e Ewá são semelhantes, são primas. Obá usa a festa da
fogueira de Xangô para poder levar suas brasas para seu reino, desta forma é
considerada uma das esposas de Xangô mais fieis a ele.
Obá é Orixá ligado a água, guerreira e pouco feminina. Suas
roupas são vermelhas e brancas, leva um escudo, uma espada, uma coroa de cobre.
Usa um pano na cabeça para esconder a orelha cortada. Conta e lenda que Obá,
repudiada por Xangô, vivia sempre rondando o palácio para voltar.
CARACTERÍSTICAS
COR
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Vermelha
(marrom rajado)
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FIO DE
CONTAS
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-
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ERVAS
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Candeia,
negamina, folha de amendoeira, ipoméia, mangueira, manjericão, rosa branca
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SÍMBOLO
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ofangi
(espada) e um escudo de cobre
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PONTOS
DA NATUREZA
|
Rios de
águas revoltas.
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FLORES
|
-
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ESSÊNCIAS
|
-
|
PEDRAS
|
Marfim,
coral, esmeralda, olho de leopardo
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METAL
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cobre
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SAÚDE
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audição,
orelha, garganta.
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PLANETA
|
-
|
DIA DA
SEMANA
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Quarta-feira
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ELEMENTO
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Fogo
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CHAKRA
|
-
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SAUDAÇÃO
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Obá xirê
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BEBIDA
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Champanhe
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ANIMAIS
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Galinha
d’angola
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COMIDAS
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Abará -
massa de feijão fradinho enrolado em folhas de bananeira; acarajé e quiabo
picado.
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NUMERO
|
-
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DATA
COMEMORATIVA
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30 de
maio.
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SINCRETISMO
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Santa
Joana d’Arc
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INCOMPATIBILIDADES
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Sopa,
peixe de água doce
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ATRIBUIÇÕES
Defende a justiça, procura refazer o equilíbrio.
LENDAS DE OBÁ
OBÁ — ORIXÁ GUERREIRA E DAS ÁGUAS REVOLTAS !!!
Obá vivia em companhia de Oxum e Iansã, no reino de Oyó,
como uma das esposas de Xangô, dividindo a preferência do reverenciado Rei
entre as duas Iabás (Orixás femininos).
Obá percebia o grande apreço que Xangô tinha por Oxum, que
mimosa e dengosa, atendia sempre a todas as preferencias do Rei, sempre
servindo e agradando aos seus pedidos. Obá resolveu então, perguntar para Oxum
qual era o grande segredo que ela tinha, para que levasse a preferencia do amor
de Xangô, vez que Iansã, andava sempre com o Rei em batalhas e conquistas de
reinados e terras, pelo seu gênio guerreiro e corajoso e Obá era sempre
desprezada e deixada por último na lista das esposas de Xangô. Oxum então,
matreira e esperta, falou que seu segredo era em como preparar o amalá de Xangô
principal comida do Rei, que lhe servia sempre que deseja-se bons momentos ao
lado do patrono da justiça.
Obá, como uma menina ingênua,
escutou e registrou todos os ingredientes que Oxum falava, sendo que por fim
Oxum, falou que além de tudo isso, tinha cortado e colocado uma de suas orelhas
na mistura do amalá para enfeitiçar Xangô. Obá agradeceu a sinceridade de Oxum
e saiu para fazer um amalá em
louvor ao Rei, enquanto Oxum, ria da ingenuidade de Obá que,
sempre atenta a tudo, não percebeu que Oxum mentira, pois ela encontrava-se com
suas duas orelhas, e falará isso somente para debochar de Obá. Obá em grande
sinal de amor pelo seu Rei, preparou um grande amalá, e por fim cortou uma de
suas orelhas colocando na mistura e oferecendo à Xangô como gesto de seu
sublime amor. Xangô ao receber a comida, percebeu a orelha de Obá na mistura, e
esbravejou e gritou. Oxum e Obá, apavoradas, fugiram e se transformaram nos
rios que levam os seus nomes. No local de confluência dos dois cursos de água,
as ondas tornam-se muito agitadas em conseqüência da disputa entre as duas
divindades. E, até hoje quando manifestadas em seus iaôs elas dançam
simbolizando uma luta.

Yemanjá é o Trono feminino da Geração e seu campo
preferencial de atuação é no amparo à maternidade.
Yemanjá, a nossa amada Mãe da Vida é a água que vivifica, e o nosso amado pai
Omulu é a terra que amolda os viventes.
Yemanjá
rege a geração e simboliza a maternidade, o amparo materno, a mãe propriamente
dita.
Ela se projeta e faz surgir sete pólos magnéticos ocupados por sete Yemanjás intermediarias, que são as regentes dos níveis
vibratórios positivos e são as aplicadoras de seus aspectos, todos positivos,
pois Yemanjá não possui aspectos negativos.
O fato é que o Trono Essencial da Geração assentado na Coroa Divina projeta-se
e faz surgir, na Umbanda, a linha da Geração, em cujo pólo magnético positivo
está assentada a Orixá Natural Yemanjá, e em cujo pólo magnético negativo está
assentado o Orixá Omulu.
Estas
sete Yemanjás intermediárias comandam
incontáveis linhas de trabalho dentro da Umbanda.
Suas
Orixás intermediadoras estão espalhadas por todos os níveis vibratórios
positivos, onde atuam como mães da “criação”, sempre estimulando nos seres os
sentimentos maternais ou paternais.
Todas atuam a nível multidimensional e projetam-se também para a dimensão
humana, onde têm muitas de suas filhas estagiando. Todas têm suas hierarquias
de Orixás Yemanjás intermediadoras, que regem hierarquias de espíritos
religados às hierarquias naturais.
Rainha dos mares, mãe
acolhedora, representada por NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO.
O elemento e força da natureza correspondente à Iemanjá, são as águas verdes
(mares e oceanos).
Dia da Semana: Ela atua todos os dias da semana de 6:00 hs às 12:00 hs, porém o
seu dia de maior vibração é o sábado.
Chacra atuante: frontal.
Planeta regente: Lua (no quarto minguante).
Nota musical: lá.
Cor vibratória: azul translúcido.
Cor representativa: branco azulado (roupas, etc.).
Cor da guia (colar): cristal (branco).
Saudação: Ó dociaba.
Negativo: Dona Pomba-gira.
Amalá: vatapá ou manjar de milho branco.
Otí: água mineral ou champanhe.
Comando da falange de Iemanjá: Cabocla Jandira.
Local de entregas: beira das praias.