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Mês de Julho

Em 46 a.C., no "ano da confusão", o imperador Júlio César resolveu reorganizar o caótico calendário romano.
Em sua homenagem, Quintilis, o nome original deste mês foi modificado.
O calendário juliano permaneceu válido pelos próximos mil e seiscentos anos, sendo substituído em 1582, pelo gregoriano.
O nome deste mês continuou, como prova de admiração pelo trabalho reformador de Júlio César.
Outros nomes antigos atribuídos a este mês foram:
na Irlanda, Iuil;
nos países anglo-saxões, Aftera Litha ou "após Litha", a celebração do solstício e nas regiões nórdicas, Maedmonath ou Hevoimonath.
Os povos nativos nomearam este mês de Lua das Plantas, Lua de Sangue, Lua da Benção, Lua do Trovão, Lua dos Prados e Mês do Feno.
No calendário sagrado druidico, a letra Ogham correspondente é Coll e a arvore sagrada é a aveleira.
Na Roma antiga, este mês abrigava dois grandes festivais: Nonae Caprotinae, dedicado à deusa Juno e Neptunália, celebrando o deus Netuno e a deusa Salácia.
Comemorava-se, também, o amor de Vênus e Adonis.
Os Gregos celebravam neste mês, as Olimpíadas, as famosas competições de atletismo, drama e música.
Os ganhadores eram muito aclamados e valorizados, pois uma vitória nas Olimpíadas era uma grande conquista, tanto para o indivíduo quanto para sua cidade.
Este festival era dedicado a Zeus, e no seu decorrer, nenhuma disputa era interrompida.
Neste mês celebrava-se, também, Panathenaea, o festival dedicado a deusa Athena e as procissões para a deusa Deméter.
No Egito, celebrava-se o casamento sagrado de Ísis e Osíris com o Festival Opet marcando o início do ano novo.
Havia, também, comemorações menores em homenagem aos aniversários de Ísis, Nephtys, Maat, Osíris, Seth e Hórus.
Nos países nórdicos, havia vários festivais e celebrações, como os da deusa celta Cerridwen, da deusa solar Sunna, da senhora do mundo subterrâneo Holda, da deusa do mar Ran e das três senhoras do destino, as Nornes.
Celebrações budistas e shintoístas no Japão honravam os espíritos dos ancestrais durante o Bon, o Festival das Lanternas.
Os templos, as casas e os cemitérios eram limpos e enfeitados com flores e lanternas.
Oferendas eram colocadas nos túmulos festejando a volta dos espíritos dos mortos para perto de seus familiares durante três dias.
Também no Japão, comemoravam-se as deusas Amaterasu, Fuji e Chih Nu;
na Índia o festival Naga Panchami homenageava a deusa Manasa Devi.
No hemisfério sul, os incas abençoavam a terra para um novo plantio com a cerimônia Chahua-huarquiz.
Os índios norte-americanos festejavam a colheita e a despedida dos Kachinas, enquanto os maias celebravam vários deuses e deusas no começo do seu ano novo.

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