18 DE DEZEMBRO

Nos países eslavos, festejava-se a deusa equina Epona, cujo culto foi mantido pelos romanos e sincretizado ao da deusa romana Ops.

Epona era considerada pelos romanos como a protetora dos cavalos, enquanto Bubona era a protetora do gado.
Epona era representada de três maneiras:
cavalgando uma égua branca;
em pé, cercada de cavalos ou
deitada nua sobre um cavalo.

Às vezes, segurava um cálice ou um prato redondo ou ainda uma cornucópia.
Segundo algumas fontes, Epona originou um verdadeiro culto ao cavalo, cujas reminiscências são encontradas nas gigantes reproduções de cavalos em várias colinas calcárias da Inglaterra e na frequência do nome Cavalo Branco para lugares, “pubs”, lendas (como a de Lady Godiva) e de “fantasmas” de mulheres a cavalo.
Epona detinha o poder sobre o ciclo da vida dos homens, do berço ao túmulo e por isso seus símbolos eram um pano branco e uma chave, que abria todas as portas do além.

Comemoração da antiga deusa equina irlandesa Etain, “A Veloz”, a padroeira da magia e da cura.
Etain era também uma deusa solar, padroeira irlandesa da medicina.
Filha do deus da cura Dian Cecht, ela casou-se com Ogma, o deus da literatura e da eloquência.

Celebrações de Consuália, homenageando os deuses romanos Saturno e sua consorte Ops, assinalando o fim do ano agrícola.

copiado de Teia de Thea

DEUSA ETAIN


Etain é a Deusa da graça, beleza e soberania. Heroína de um antigo mito, é um exemplo de reencarnação, renascida com a mesma identidade do seu "eu" original. Está associada com o Outro Mundo, uma portadora de éguas brancas, com olhos azuis e flores de maça

Ela, em sua primeira vida foi a segunda esposa de Midhir, um Deus Gaélico do Mundo Inferior. Midhir era o filho de Dagda e Boann, irmão de Angus, O Vermelho, Ogma e Bridgit. Era um "bard", ou seja, um jogador de xadrez que gostava de jogar com apostas altas. Rei das Terras Encantadas de Bri Leith, possuía três vacas, um caldeirão mágico e as "Três Garças da Negação e Rudeza". As três garças ficavam ao lado da porta de Midhir, e quando alguém viesse pedir abrigo, a primeira dizia:

-"Não venha! Não venha!".

Então a segunda garça dizia:

-"Vá embora! Vá embora!".

A terceira acrescentaria:

-"Passe ao largo da casa! Passe ao largo da casa!".

Etain é uma Deusa Celta, cujo nome significa "A Brilhante". De acordo com os mitos era extremamente linda e, por causa desse excesso de beleza foi punida e teve que passar por muitas transformações, pois era uma ameaça para as outras mulheres. Foi expulsa de Tir Nan Og (A Terra da Juventude) na forma de uma borboleta e em uma terra distante, começa uma nova vida com uma outra forma, agora no tempo linear mortal.. No entanto, nunca perdeu sua beleza ou deixou de "brilhar".


copiado de Confraria de Bruxos 

Deusa Etain

MIDHIR E ETAIN
Etain dos Tuatha da Danann era a heroína da grande história de amor feérica, MIDHIR e ETAIN, que já inspirou muitos poemas e obras dramáticas.
A narração original está bem contada por Lady Gregory em "Gods and Fighting Men".
Etain foi a segunda esposa de Midhir, o rei da Colina Feérica de Bri Leith. 
A primeira esposa do rei, Fuamach, estava terrivelmente furiosa e, com a ajuda do druida Bresal Etarlain, logrou finalmente transformar Etain em uma mariposa e com um forte sopro, a expulsou da terra mortal da Irlanda, o que resultou um sofrimento para ambos lados durante sete longos anos.
Quando as malvadas ações de Fuamach foram descobertas, Angus Mac Og, filho de Dagda, lhe cortou a cabeça.
Ao cabo de sete anos de desgraça, Etain foi para no palácio onde Etar, de Inver Cechmaine, estava celebrando um banquete, e caiu dentro da taça dourada da esposa de Etar, que a engoliu junto com o vinho.
Nove meses depois, nasce como filha de Etar, e de novo recebe o nome de Etain. 
Ao crescer, tornou-se a mulher mais bela de toda a Irlanda. 
Com a maioridade, casou-se com o rei Eochaid, que tinha sua corte em Temhair (Tara).
Durante a festa do casamento, o irmão menor de Eochaid, Aillel, acabou subitamente preso ao amor e um desejo desesperado por Etain. 
Ao ser rejeitado, uma enfermidade mortal se apoderou dele. 
O médico do rei que ele sofria do mal de amor, mas Eochaid estava muito preocupado com o irmão.
Chegou um dia em que Eochaid teve que partir para fazer uma jornada por toda a Irlanda para receber a homenagem dos reis tributários, e entregou Ailell aos cuidados de Etain enquanto durasse a sua ausência. 
Etain fez tudo o que pode por Ailell, mas ele já estava às portas da morte. 
Ao fim descobriu descobriu que era o amor não correspondido por ela que o tornava enfermo. 
Então, muito triste, convenceu-se que o único modo de curá-lo seria ceder ao seu desespero, por isso marcou um encontro na manhã seguinte em uma colina fortificada fora da cidade.
Ailell estava em êxtase e passou quase toda a noite sem dormir, mas quase ao amanhecer o sono apoderou-7se dele e não acordou não conseguiu acordar para o encontro. Entretanto, Etain acordou cedo e foi para colina esperá-lo. 
E, no momento que havia combinado de encontrar-se com Ailell, viu um homem parecido com ele e que avançava até ela demonstrando muita dor e debilidade, mas quando ele chegou mais perto viu que não era Ailell. 
Se olharam um ao outro em silêncio, e o homem foi em seguida embora.
Etain aguardou mais um pouco e logo decidiu voltar à sua residência, onde encontro Ailell recém acordado e furioso consigo mesmo. 
Explicou a Etain o que tinha acontecido e marcaram novo encontro para a manhã seguinte, mas no dia seguinte ocorreu o mesmo. 
E na terceira manhã Etain falou com o estranho.
-"Tu não és o homem com o qual estou aqui para me encontrar", disse, "eu não venho aqui pelo passeio, mas sim para curar um homem que está enfermo por minha causa."
-"Seria melhor que venhas comigo, pois eu fui teu primeiro marido faz muito tempo." -"Qual teu nome?", perguntou ela
-"Isso é fácil de dizer. Sou Midhir de Bri Leith"
-"E como é que fui afastada de teu lado?"
-"Fuamach, minha primeira esposa, te lançou um feitiço e te expulsou da Terra de TIR NANOG. 
Queres voltar comigo Etain?"
-"Não posso abandonar Eochaid, o Rei Supremo, para partir com um estranho', afirmou Etain.
-"Fui eu quem colocou o desespero em Ailell e fui eu que o enfeitiçou para que ele não acorde, assim tua honra ficará a salvo."
E era fato, pois quando Etain voltou a encontrar-se com Ailell, o desespero lhe havia abandonado e estava totalmente curado. 
Contou-lhe então o que tinha acontecido e ambos alegraram-se por terem evitado uma traição contra Eochaid. 
Porém, depois que este regressou e lhe contaram tudo o que se sucedeu, ele agradeceu muita a Etain por sua bondade para com Ailell.
Mdhir apareceu mais uma vez a Etain e pediu-lhe mais uma vez para regressar com ele. Ela se negou a abandonar Eochaid.
-"Se ele te entregar a mim? 
Virás comigo?"
"Sim, irei", respondeu Etain.
Pouco depois, o estrangeiro se apresentou a Eochaid e o desafiou a três partidas de xadrez. Jogaram com apostas, porém, de acordo com o costume, àquelas eram fixadas pelo ganhador depois da partida.
Eochaid ganhou duas vezes, e impôs prêmios muito altos, o primeiro um grande tributo de cavalos, o segundo três tarefas cuja realização Midhir necessitou de todas suas tropas feéricas. 
Mas a terceira partida foi ganha por Midhir que pediu a esposa de Eochaid. 
Este se negou e Midhir modificou a proposta, pedindo somente o direito de abraçá-la e lhe dar um beijo. 
Eochaid concordou, mas lhe pediu um mês para satisfazer sua petição.
Ao finalizar esse tempo, Midhir se apresentou. 
Eochaid havia reunido ao seu redor todas as suas forças e guardou as portas, enquanto Midhir ia entrando, para evitar que se aproximasse de Etain. 
Midhir sacou sua espada com a mão esquerda e abrindo caminho chegou até Etain. 
Com o braço direito abraçou-a e a beijou. 
Logo ambos elevaram-se do chão e transformados em cisnes brancos, ligados por uma corrente de ouro, voaram sobre o Palácio de Tara até Bri Leith, (A Terra da Juventude).
Esse não foi o final da história, pois Eochaid não conseguia viver sem Etain e recorreu ao chefe dos druidas, que utilizando-se de toda a sua magia, descobriu que a jovem estava no centro da Irlanda, dentro da fortaleza do rei Midhir. 
Eochaid declarou guerra ao reino das fadas e dos elfos, causando grandes destruições, até que Etain lhe foi devolvida. 
Porém a cólera dos Tuatha de Danann contra Eochaid e todos os seus descendentes seguiu viva a causa do grande dano que haviam infligido a terra de Tir Nan Og (A Terra da Juventude).
Essa história é um exemplo do tratamento sutil e poético que recebem os temas dos Seres Feéricos Heroicos nas lendas irlandesas. 
O desafio em partidas de xadrez aparecem em muitas lendas e contos de fadas célticos. 
O tema da reencarnação também é bem frequente, nas lendas antigas.


LENDAS CELTAS IRLANDESAS - A HISTÓRIA DE ETAIN

A História de Etain


Etain no Mundo das Fadas

Midir (ou Miled), o Orgulhoso, filho de Dagda, era o príncipe da Terra da Juventude, e estava casado com Fuamnach, uma mulher bela mas muito ciumenta.
Conta a história, que um dia ele levou ao seu castelo outra esposa, uma mulher de beleza e graça incomparáveis chamada Etain, e que, como era de se esperar, Fuamnach ficou possuída pelo ciúme, sendo que a converteu em uma mariposa e convocou uma tempestade que a levou pelos ares durante aproximadamente 7 anos.
Finalmente, um tufão a deixou no palácio encantado de Angus, ele foi incapaz de desfazer o feitiço, mas lhe construiu uma casinha ensolarada, rodeada pelas mais exóticas flores e no segredo da noite, Angus podia devolvê-la a sua forma humana e assim desfrutava de seu amor.
Com o correr do tempo, Fuamnach descobriu seu refúgio e voltou a convocar a tempestade mágica que, desta vez, a levou para o palácio de Etar, um chefe de Ulster.
A mariposa Etain caiu na taça da mulher de Etar, justo quando essa estava bebendo, entrou por sua boca e se alojou em seu útero, e foi assim que a mulher de Etar concebeu, e deu a luz a uma menina aparentemente mortal.


A Guerra por Etain
Etain, tida por todos como filha do soberano Etar, cresceu com uma beleza invejável, e muitos a cortejavam, embora ela não entregasse seu coração a ninguém, até que Eochy, rei da Irlanda, que andava buscando uma boa mulher para casar-se, se apaixonou por ela logo depois de vê-la.
Ela aceitou sua corte e se casaram, passando muitos anos juntos; mas ocorreu que Eochy tinha um irmão chamado Ailill, e sucedeu pois que Ailill caiu enfermo e ninguém sabia a causa de seu mal.
Passado algum tempo ele confessou a Etain que a causa era seu amor por ela, e a convenceu de que se não chegassem a consumar esse amor ele morreria. Etain, com pena de que tão belo jovem morresse por sua causa marca um encontro com Ailill para amarem-se mas este não chega encontro.
Quem chega é Midir, o Orgulhoso, que lhe disse que ele havia enfeitiçado Ailill para poder encontrar-se nesse lugar com ela e lhe pede que se vá com ele a Terra da Juventude, pois Fuamnach já havia morrido.
Etain não entendeu nada, assim Midir teve que lhe explicar todo seu passado. 
Etain se convenceu de tudo que ele lhe dizia era verdade e pouco depois se foram os dois esposos imortais.
Eochy se enraiveceu muito ao saber da fuga de sua esposa, e foi a um famoso druida que lhe informou quem a havia levado e onde estava seu palácio, então Eochy e seu exército foram buscá-la na Terra da Juventude e encontraram forte resistência por parte da gente de Midir, que ao final ficaram encurralados e Midir teve que ceder e disse a Eochy que a entregaria.
Entretanto, Midir preparou um estratagema para enganar Eochy e ficar com Etain, sendo que, ante os olhos de Eochy desfilaram 50 donzelas tão igualmente belas como Etain e Midir disse-lhe:
-"escolhe a tua verdadeira esposa".
Eochy se viu numa difícil situação, pois todas elas eram tão belas quanto Etain, e ele não podia identificar sua verdadeira esposa, se diz que Etain lhe fez um sinal e só assim ele pode acertar na escolha. 
Etain então voltou a viver com Eochy e lhe deu uma filha a quem também chamaram Etain.

 
copiado de Caminho Celta 

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