15 de Julho - Calendário Mágico

Dia de Rowana

Rowana é a "árvore da vida" nas lendas celtas.
Dizem que essa espécie de árvore crescia em Stonehenge mesmo antes dos celtas chegarem na Bretanha.
Era conhecida como "A Árvore Sussurrante" pois os anciões acreditavam que ela guardava segredos.
A Rowana cresce com mais freqüência no norte e nordeste da Escócia e é também chamada de "Dama das Montanhas".
Conhecida como a árvore- Deusa ma mitologia nórdica.
Também é a senhora das Runas e da Proteção.
Em seu dia , você pode confeccionar um poderoso talismã pessoal.
Escolha uma árvore que represente Rowana e peça-lhe permissão para retirar um pedacinho da casca.
Grave nela a sua runa preferida e passe-a num incenso de Madeira do Oriente por 3 vezes. Carregue esse precioso amuleto sempre.

O conteúdo a seguir foi copiado do blog : http://renascimentolusitano.blogspot.com/

após ter lido o seu comentário...nessa postagem



Rowan Tree (Sorbus Aucuparia), Eeno, Co. Wicklow, Ireland, 2008


PRECE A ROWAN

The spells were vain,
The hag returned
To the Queen in a sorrowful mood,
Crying that witches have no power
Where there is Rowan tree wood.

«Laidley Wood», traditional Celtic ballad


Sagrada, sagrada, ó sussurrante,
Bebedora de sangue e seio de sangue,
Mãe de tudo o que é verde, que do trovão
E do teu ventre nasceu, guardiã
Das terras dos homens, protege-me!
Com o teu sangue o druida vê, o bardo
Canta, o guerreiro inflama-se qual brasa!
Que o meu sangue se possa erguer, vívido,
Assim na morte, e a minha alma
Possa repousar, Mãe, possa repousar,
Como uma sombra quieta, no fresco
Segredo dos teus braços.


Lord of Erewhon

* O Dia de Rowan, ou da Árvore de Rowan, é um dia sagrado para os Célticos e, nos nossos dias, apenas para alguns Nórdicos.
Rowan é a Árvore da Vida.
«Rowan» tem origem no Norse, «raun» – antiga língua germânica comum aos povos da Escandinávia e às suas colônias por todo o mundo durante a Era Viking –, este termo deriva do Proto-Norse – língua comum aos germânicos mais a Norte até ao Séc. VIII –, «raudnian», que significa «tornar-se da cor vermelha», contexto semântico que se embricou com as bagas vermelhas da árvore Rowan e a mudança de cor que a folhagem ganha no Outono.
O Culto de Rowan acabou por se misturar aos cultos druídicos, ninguém sabe exactamente quando e como, mas só pode ter sido pelas incursões Vikings na Escócia, onde a pregância cultural do mito é hoje maior, e porque estas árvores sempre foram abundantes nas Ilhas Britânicas, nas quais a árvore adquiriu diversos nomes fabulosos: «Dama das Montanhas», «Árvore Sussurrante», «Bosque Circular», «Árvore da Runa», «Ajudante de Thor», «Árvore da Feitiçaria», «Expulsa Bruxas», etc.
No Gaélico chamam-lhe «rudha-an», «a vermelha».
A árvore existe também no Norte da América e nas províncias canadianas de Newfoundland & Labrador e Nova Scotia, zonas de colonização Viking.
A importância religiosa, misteriosa, mística e esotérica da Árvore de Rowan é sem fim: os cajados dos Druidas eram feitos dos seus ramos; as suas folhas são usadas em feitiços e curas; são colocadas em vasos para proteção das tempestades (na mitologia dos Finlandeses antigos, a deusa Rauni, quando viu que a terra era um deserto, desceu dos céus, copulou com Ukko, o deus do trovão, que a emprenhou com um relâmpago poderoso, e gerou todas as plantas, flores e árvores); é plantada nos cemitérios para proteger a alma dos mortos de serem assombradas; runas são feitas do poder da sua madeira; as quintas e os currais são protegidos com áleas destas árvores, que se tem fé protegerem das bruxas; no Canadá, na Finlândia e na Suécia o número das suas bagas continua a ser tomado como augúrio pelos camponeses para a quantidade de neve a cair em cada Inverno, e o resultado da produção frutícola augúrio para as condições climáticas do Verão; na Finlândia ainda se acredita que se a árvore florir duas vezes será excelente a colheita de batatas e haverá mais casamentos no Outono; na Suécia, que se a árvore perder a cor e ficar pálida o Outono e o Inverno trarão doenças.
Presentemente a espécie é mais numerosa no Norte e Nordeste da Escócia, onde os designativos «Dama das Montanhas» e «Árvore Sussurante» (porque ensina os segredos) a nomeiam.
Não esqueçamos que estas costas sempre foram sujeitas a incursões Vikings, sendo os actuais Escoceses (em parte) deles descendentes e de Celtas que migraram da Irlanda.
Na Escócia ainda se faz vinho das bagas, vinho que era usado pelos Druidas para aumentar o poder da vidência; as folhas e as bagas eram usadas em incensos com o mesmo propósito.
Na América do Norte chamam-lhe «mountain ash», porém a Rowan não é um freixo (fraxinus), é uma sorbus aucuparia, da ordem das rosales, família das rosaceae, ou seja, uma parente das roseiras… eixo do mundo.
Das suas bagas ainda é feita compota, consumida pelos competidores em jogos tradicionais celtas.
Todos os Célticos lhe têm grande devoção, mas esta permanece mais forte entre os Escoceses, apesar de os Nórdicos de modo nenhum a terem esquecido: em Vardø (o lugar em que o Oeste encontra o Este), ilha no mais extremo Nordeste da Noruega (70° 21' N, 31° 02' E, mais a Este que São Petersburgo, Kiev e Istambul) a árvore resiste, impressionantemente, ao clima árctico. Sete árvores foram plantadas em 1960, uma sobreviveu, tendo florido em 1974 e 1981, e por fim sucumbido ao frio Inverno de 2002.
Duas novas árvores foram plantadas, que os Noruegueses protegem durante o frio maior, erguendo uma casa em seu redor, aquecendo-as e alimentando-as.
São as duas únicas árvores da ilha.

Sagrado seja este Dia de Rowan!
Que os espíritos da noite vos protejam e a sombra da morte nunca vos toque!
Hoje é também Quarta-feira, Mittwoch, Wednesday, dia de Odin (Woden ou Wotan), um grande dia para o trovão…

3 comentários:

  1. E tirando a informação da Wikipedia... você nada mais sabe.

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  2. Agradeça ao Lord...

    PS. Entretanto ele fez um acrescento, confira:

    «O Dia de Rowan, ou da Árvore de Rowan, é um dia sagrado para os Célticos e, nos nossos dias, apenas para alguns Nórdicos (Dia de Rauni na Finlândia).»

    Tudo de bom.

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