Ela é uma das seis filhas dos Titãs Cronos e Réia, que foi devorada ao nascer por seu pai e resgatada do seu ventre por Zeus (seu irmão) e sua mãe Réia.
Deméter gozava de uma posição especial no Olimpo, não por sua beleza ou inteligência, mas por representar as estações do ano.
É uma deusa da terra cujo humor influencia a vida e a fertilidade dos campos.
Como deusa da agricultura Deméter fez várias viagens com Dionísio ensinando os homens a cuidarem da terra e das plantações, ela favorecia o trigo, que era a planta que simbolizava a civilização.
Ela surge como uma mulher maternal, vestida com robes nas cores da vegetação:
verde exuberante na primavera e no verão, dourado no outono e marrom ou negro no inverno.
Era ela quem nutria a terra com a vegetação verde, o que a transformava na padroeira da agricultura, das colheitas e da fertilidade.
Era considerada também como a deusa protetora do casamento e da lei sagrada.
De sua relação incestuosa com Zeus, teve uma filha que, enquanto donzela, foi chamada Coré, e depois de Perséfone, que, foi raptada nas colinas de Elêusis por Hades (seu tio), o deus dos infernos.
Deméter e sua filha, Perséfone, eram as principais personagens dos mistérios eleusinos (rituais de iniciação realizados na cidade grega de Eleusis).
Deméter significa " a mãe-terra ".
Esta deusa simboliza um excesso de proteção.
Ela traz o dom da empatia, compreensão emocional e física das necessidades da pessoa.
Tem a tendência de tratar os outros como se fossem seus filhos e sua preocupação principal está centrada na família.
Deméter é regida pelo Eros (Amor), o não-verbal, saciando as necessidades de seus filhos e tem como princípio o corpo e o material.
Em síntese Deméter representa o arquétipo da mãe.
Quando no céu a lua é cheia,
sou Demeter.
Busco o amor imensurável
e ofereço aquele
que em meus infinitos braços habita.
Sou Demeter,
quando procuro meu filho em cada ser.
Ave mãe e ninho em um só tempo.
Sou Demeter,
quando meu colo se torna porto
e suplica dolorosamente
pelo lançar de âncoras de todas as embarcações.
Assim
sou Demeter.
copiado do blog: cirandadasdeusas.blogspot.com
Mito da Primavera
Estamos no início da primavera.
Neste ciclo a natureza vibra em cores, em perfumes , na irradiante beleza das flores .
Nada melhor do que conhecer um pouco sobre o mito da Primavera:
As deusas Démeter e Perséfone representavam para os povos da antiguidade os poderes da natureza, a sua transformação e o surgimento cíclico.
Na Grécia Antiga, o primeiro dia da primavera era o dia em que Perséfone, prisioneira nas profundezas da terra durante seis meses, ressurgia ao regaço de Deméter, sua mãe.
Conta Homero que no sudeste da Europa havia um tempo em que reinava a eterna primavera.
A erva era sempre verde e espessa e as flores nunca murchavam.
Não existia Inverno, nem terra infértil, nem fome.
A responsável por tanta maravilha era Démeter, a quarta esposa de Zeus.
Desse matrimônio nasceu Core, chamada Perséfone.
Uma bela jovem, adorada por sua mãe, que costumava brincar em um campo repleto de flores.
Um dia, passou por lá o terrível Hades com o seu temível carro puxado por cavalos. Apaixonou-se por Perséfone e raptou-a levando-a para o subsolo, o seu território.
Deméter, não encontrando sua filha empreendeu uma peregrinação de nove dias e nove noites, à sua procura.
Ao décimo dia , o Sol, que tudo vê, confessou para Deméter que Hades era o autor do rapto . Irritada pela ofensa Démeter decidiu abandonar as suas funções no Olimpo.
Viveu e viajou pela terra.
Esta ficou desolada e sem frutos uma vez que, privada da mão fértil de Deméter , ficou seca e as plantas não cresceram .
Ao deparar-se com tal desastre Zeus viu-se obrigado a intervir mas não pôde devolver a filha de Deméter, uma vez que Perséfone já tinha provado o fruto dos infernos (a romã) e por isso era impossível abandonar as profundezas e regressar ao mundo dos vivos.
No entanto intercedeu fazendo uma composição : uma parte do ano Perséfone passaria com o seu esposo e, a outra parte, com a sua mãe.
Quando Perséfone regressa para estar com sua mãe, Démeter mostra toda sua alegria fazendo crescer as flores e os frutos, deixando a terra verde.
Quando a jovem desce ao subsolo, o descontentamento da sua mãe demonstra-se pela tristeza do Outono e do Inverno.
Assim renova-se anualmente o ciclo das estações sendo esta e explicação que os gregos davam à sucessão entre elas: o Outono e o Inverno são tristes e escuros como o coração de Deméter ao estar separada da sua filha.
A alegria e a serenidade retornam quando voltam a ficar juntas, com a chegada da Primavera.
copiado de: arteimitaavida.blogspot.com
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