Festival de Hiketéria
Neste dia o Deus Apolo era venerado e recebia as súplicas de seus cultuadores, na antiga Grécia.
Apolo, filho de Zeus e Leto, e irmão gémeo de Ártemis, deusa da caça, era um dos mais importantes e multifacetados deuses do Olimpo.
Nas mitologias grega, romana e etrusca, Apolo foi identificado como o deus da luz e do sol, da verdade e da profecia, do pastoreio, do tiro com arco, da beleza, da medicina e da cura, da música, da poesia e das artes.
Sendo o patrono do Oráculo de Delfos, era o deus dos adivinhos e profetas.
Sua ligação com a Medicina se fazia pelo seu poder de atrair pragas e a morte súbita, e também através de seu filho Asclépios.
Possuindo no mito um rebanho de gado, era o deus dos pastores e defensor dos rebanhos e manadas.
Protegia os colonos em terras estrangeiras, liderava as Musas e era o diretor de seu coro. Recebendo de Hermes a lira, firmou sua posição como o deus da Música, e era homenageado com uma forma especial de hino, o peã.
Finalmente, Apolo é o deus dos jovens rapazes, ajudando na transição para a idade adulta.
Assim, ele é sempre representado como um jovem, frequentemente nu, para simbolizar a pureza e a perfeição.
Apolo representa a harmonia, a moderação, a ordem e a razão, em contraste complementar a Dionísio, o deus do êxtase e da desordem.
O poder de Apolo se exercia em todos os âmbitos da natureza e do homem.
Por isso, suas inovações eram múltiplas e variadas.
Além de ser por excelência o deus dos oráculos e fundador de importantes cidades, sua proteção - e sua temível ira - abarcava desde a agricultura e o gado até a juventude e seus exercícios de ginástica, assim como os marinheiros e navegantes.
Tinha poder sobre a morte, tanto para enviá-la como para afastá-la, e Asclépio (o Esculápio romano), o deus da medicina, era seu filho.
Considerado também o "condutor das musas", tornou-se deus da música por ter vencido o deus Pã em um torneio musical.
Seu instrumento era a lira.
A identificação de Apolo com o Sol - daí ser chamado também Febo (brilhante) - e o ciclo das estações do ano constituía, no entanto, sua mais importante caracterização no mundo helênico. Apolo, que durante o inverno vivia com os hiperbóreos, mítico povo do norte, regressava a Delos e Delfos a cada primavera, para presidir às festas que, durante o verão, eram celebradas em sua honra.
O culto de Apolo também teve grande amplitude em Roma.
As numerosas representações que dele fizeram artistas de todos os tempos, tanto na antiguidade greco-romana como nos períodos renascentista e barroco, mostraram-no como um deus de beleza perfeita, símbolo da harmonia entre corpo e espírito.
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